quarta-feira, 3 de outubro de 2012

VÁRIAS REDOMAS, UMA SÓ VERDADE!


VÁRIAS REDOMAS, E UMA SÓ VERDADE!
 
“Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis. Sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele, e ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele”. (Colossenses 1:16-17).
 
Quem era o quarto homem dentro da fornalha ardente ao lado de Sadraque, Mesaque e Abedenego? “O aspecto do quarto, é semelhante ao filho de Deus”. (Daniel 3:25). Que luz fez com que Paulo ficasse sem ver, sem comer e sem beber por três dias? “E os homens que iam com Paulo, pararam espantados, ouvindo a voz, mas, não vendo ninguém”.  (Atos 9:7). Que estrela viram os magos no oriente, no nascimento de cristo? “E eis que a estrela que tinham visto no oriente, ia adiante deles, até que, chegando, se deteve sobre o lugar onde estava o menino”. (Mateus 2:9). O que fez com que Abrão, peregrinasse numa terra onde havia fome, em nome de um Deus que poucos conheciam? “E havia fome naquela terra, e desceu Abrão ao Egito, para ali peregrinar, porquanto a fome era grande na terra”. (Gênesis 12:10). Por que Deus levantaria um líder gago para libertar o seu povo da escravidão? “Meu senhor, eu não sou homem eloqüente, nem de ontem, nem de anteontem, pois sou pesado de boca e pesado de língua”. (Êxodo 4:10). “Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca e te ensinarei o que hás de falar”. (Êxodo 4:12). Quem deu ordens aos corvos, para que sustentassem Elias? “E há de ser que beberás do ribeiro, e eu tenho ordenado aos corvos, que ali te sustentem”. (I Reis 17:4). Como Eliseu fez um pedaço de ferro flutuar? “E disse o homem de Deus: onde caiu? E mostrando-lhe ele o lugar, cortou um pau, e o lançou ali, e fez flutuar o ferro”. (II Reis 6:6). O profeta Naum, por volta de 650 a.c, profetizou sobre os carros de hoje em dia: “os carros correrão furiosamente nas ruas, colidirão uns contra os outros nos largos caminhos. O seu aspecto será como o de tochas, correrão como relâmpagos”. (Naum 2:4). Habacuque que era vigia, profetizou sobre os assírios: “E os seus cavalos são mais ligeiros do que os leopardos e mais espertos do que os lobos, à tarde. Os seus cavaleiros espalham-se em toda parte, eles virão de longe, voarão como águia que se apressam a devorar. Eles todos virão para fazer violência. Os seus rostos buscarão o vento oriental, e reunirão os cativos como areia. E escarnecerão dos reis, e dos príncipes, farão zombaria; eles se rirão de todas as fortalezas, porque amontoarão terra, e as tomarão”. (Habacuque 1:8-10). Segundo se lê em Jonas, todos em Nínive, reconheceram as profecias de Deus, e por isso, até os animais jejuaram: “Esta palavra chegou também, ao rei de Nínive, e ele levantou-se do seu trono, e tirou de si as suas vestes, e cobriu-se de saco (que significava vergonha), e sentou-se sobre a cinza. E fez uma proclamação que se divulgou em Nínive, pelo decreto do rei, e de seus grandes, dizendo: “nem homens, nem animais, nem bois, nem ovelhas, provem coisa alguma, nem lhes dê alimentos, nem bebam água”. (Jonas 3:6-7). Na epístola de Gálatas, Paulo escreveu: “Corríeis bem. “Quem vos impediu para que não obedeçais a verdade”?. (Gálatas 5:7). Em Jeremias 33:3 lê-se: “Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não sabes”. Em Efésios lê-se: “Aquele que desceu é também o mesmo que subiu, acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas”. (Efésios 4:10). E Davi no Salmo 104 escreveu: “Ele se cobre de luz, como de um vestido. Estende os céus como uma cortina; põe nas águas a vigas das suas câmaras; faz das nuvens o seu carro, anda sobre as asas do vento. Faz de seus anjos mensageiros. Lançou os fundamentos da terra, designou a lua para as estações e o sol conhece o seu caminho. Ordenas a escuridão, e faz-se noite, na qual saem todos os animais da selva; nasce o sol, e logo se acolhem, e se deitam em seus covis. O mar é grande e espaçoso, nele há seres sem número. “A minha meditação acerca dele será suave, e eu me alegrarei no Senhor”.
 
Hermann Baumann escreveu que vários povos africanos, tiveram uma idade de ouro, em que, homens e deuses viviam felizes para toda a eternidade. Para os Ashantis, o deus criador tinha proibido as relações entre os sexos; quando foi violada a proibição, deus impôs aos homens o trabalho, e às mulheres, o parto doloroso, praticamente o que se lê no Gênesis. Para os Lubas, deus condenou ao trabalho e à imortalidade, os homens que tinham comido as bananas proibidas. Lê-se algo semelhante entre os Kuluwas da África oriental, e os Nyamweski. Platão falou sobre um paraíso terrestre chamado Atlântida. Os tupi-guaranis, falaram sobre a “Terra sem mal”. E no renascimento, falou-se sobre o mito paradisíaco da América.
 
Os Esquimós, afirmam que as primeiras tribos, haviam sido levadas para o norte, por deuses, com asas de bronze. Os peles vermelhas, falavam de um pássaro vindo de um trovão, que lhes trouxe fogo e frutos. Os povos pré-incaicos, em suas lendas religiosas, diziam que as estrelas eram habitadas por deuses, e estes, desciam até eles, vindos da constelação de Plêiades. Textos cuneiformes, sumerianos e babilônicos, relatam que: deuses vinham de estrelas e para elas voltavam; andavam em naves de fogo e em barcos no céu, e prometiam a alguns poucos homens, a imortalidade.
 
Um trecho do Mahrabharata diz: “Bhima voou com o seu carro, num raio imenso, que tinha o clarão do sol, e cujo ruído, era como o trovejar de um temporal”. No oitavo livro do Mahrabharata, Indra, possui um carro celestial. Livros tibetanos mencionam máquinas voadoras pré-históricas, que eram chamadas de pérolas do céu.
 
No Samarangana Sutradhara, há capítulos inteiros, em que são descritas, naves aéreas, de cujas extremidades, emanavam fogo e mercúrio. Um fragmento da época de Tutmosis III (cerca de 150 a.c), encontrado por Alberto Tulli, comunica que os escribas, enxergaram vindo do céu, uma bola de fogo com mau cheiro. Tutmosis e seus soldados observaram esse espetáculo. Um canto de louvor a Marte, narra que ele fazia chover fogo, e aniquilava seus inimigos com um relâmpago reluzente. Tradições islandesas e norueguesas mencionam deuses que se locomovem no céu. A deusa Frig, tem uma serva de nome Gna, que tem um cavalo voador, chamado “arremessador de cascos”. O livro apócrifo de Enoque, fala sobre carros celestes com rodas que cospem fogo. E nos apócrifos de Abraão, lê-se “Atrás dos seres, vi um carro que tinha rodas de fogo e cada roda estava cheia de olhos, em toda a volta, e em cima das rodas, havia um trono, e este estava coberto por fogo, que fluía em sua volta”. (Apócrifos de Abrãao, XVIII: 11-12).
 
Conhecemos a lua, desde a antiguidade. Ela já existia no céu, quando nossos antepassados povoaram as savanas africanas; quando se projetaram ferramentas de pedra; quando domesticamos o fogo; quando inventamos a agricultura, construímos cidades, e começamos a dominar a terra. Canções folclóricas e populares celebram uma misteriosa conexão, entre a lua e o amor. Na língua inglesa, a palavra “mês”, e o nome do segundo dia da semana, fazem alusão à lua. As fases crescentes e minguantes, do quarto crescente à lua cheia, e do quarto minguante à lua nova, foram compreendidas entre muitos povos, como uma metáfora celeste, da morte e do renascimento. Foram ligadas ao ciclo menstrual das mulheres, que tem quase o mesmo período, como lembra a palavra “menstruação”. (do latim “Mensis” = “mês”, que deriva da palavra “medir”).
 
Aqueles que dormem no luar enlouquecem; daí a palavra “lunático”. Numa antiga história persa, perguntam à um Vizir, renomado pela sua sabedoria, o que é mais útil, o sol ou a lua. “a lua”, responde ele, “porque o sol brilha durante o dia, quando já existe luz”. Os filósofos gregos antigos discutiam a proposição de que a lua tem exatamente o tamanho que aparenta ter. “Os portões do céu, estão bem abertos, sigo em frente”. (Chu’tzu, As novas canções. Canção 5. China, 3° século a.C.).
 
A maioria das grandes invenções da história humana, das ferramentas de pedra, do controle do fogo à linguagem escrita, foi obra de anônimos. Não sabemos o nome do antepassado que notou pela primeira vez, que os planetas eram diferentes das estrelas. Porém um dia, as pessoas de todo o mundo, entenderam que cinco, e apenas cinco, dos pontos brilhantes de luz do céu noturno, não acompanhavam o passo de outras estrelas durante um período de meses, movendo-se estranhamente, como se tivesse inteligência própria. O estranho movimento aparente desses planetas era acompanhado pelo sol e pela lua, o que significa sete corpos errantes ao todo. Eles eram importantes para os antigos, mas os principais, os poderosos, aqueles que determinavam o que os outros deuses e mortais deveriam fazer. Um dos planetas, brilhante e de movimento lento, foi chamado Marduk pelos babilônicos, Odin pelos nórdicos, Zeus pelos gregos e júpiter pelos romanos. Era sempre o rei dos deuses.
 
Ao planeta tênue e veloz que jamais de distancia muito do sol, os romanos deram o nome de mercúrio, em homenagem ao mensageiro dos deuses, o mais brilhante deles, recebeu o nome de Vênus, a deusa do amor e da beleza, o vermelho cor de sangue, foi chamado marte, em homenagem ao deus da guerra, e o mais lento do grupo ficou sendo saturno, em homenagem ao deus do templo.
 
Quando se tornou necessário delinear a semana, período de tempo que, ao contrário de dia,mês e ano, não tem importância astronômica, foram determinados sete dias com o nome de cada uma das sete luzes anômalas no céu noturno. Em inglês, Saturday é o dia de saturno. Sunday dia do sol, Monday, dia da lua. De Tuesday a Friday, os dias têm os nomes dos deuses dos saxões e de seus parentes invasores teutônicos da Bretanha romano-céltica; Wednesday, por exemplo, é o dia de odin (ou Wodin), Thursday é o dia de Thor. Friday é o dia de Freya, a deusa do amor. Nas línguas românticas como o francês, o espanhol e o italiano, a conexão é mais evidente: todas derivam do antigo latim, no qual os dias da semana eram denominados pela ordem, a começar de domingo em homenagem ao sol; à lua, marte, mercúrio, júpiter, Venus, saturno. O dia do sol tornou-se o dia do senhor. Eles poderiam ter denominado os dias pela hierarquia do brilho dos corpos astronômicos correspondentes: o sol, a lua, Vênus, júpiter, marte, saturno e mercúrio.Assim teríamos em espanhol: domingo, lunes, viernes, jueves, martes, sábado e miercoles, mas não o fizeram. Se os dias da semana, nas línguas românticas tivessem sido ordenados pela distância do sol, a sequência seria: domingo, miercules, viernes, lunes, martes, jueves e sábado.
 
Mas, ninguém sabia a ordem dos planetas, na época em que os estavam nomeando. Essa coleção de sete deuses, sete dias e sete mundos: o sol, a lua e cinco planetas errantes, entraram nas mentes das pessoas em todo o mundo. O numero sete, começou a adquirir conotações sobrenaturais. Havia sete céus, as redomas esféricas transparentes, centradas na terra, que se imaginava serem responsáveis pelo movimento desses mundos. A mais externa, o sétimo céu, era onde se imaginava que residiam as estrelas fixas. Existem sete dias da criação, sete orifícios na cabeça, sete virtudes, sete pecados capitais, sete demônios do mal no mito sumeriano, sete vogais no alfabeto grego (cada uma associada a um deus planetário), sete regentes do destino, segundo o Hermetismo, sete grandes livros do maniqueísmo, sete sacramentos, sete sábios da Grécia e sete corpos alquímicos: Ouro, prata, ferro, mercúrio, chumbo, estanho e cobre. O sétimo filho de um sétimo filho é dotado de poderes sobrenaturais. Sete é o numero de sorte. No apocalipse do novo testamento, sete selos de pergaminho são abertos, sete trombetas são tocadas, sete taças são preenchidas. Santo Agostinho argumentou, obscuramente a favor da importância mística do número sete, afirmando que “três é o primeiro número inteiro que é impar, quatro é o primeiro que é par e destes, o sete é composto”. A própria existência dos quatro satélites de júpiter, que Galileu descobriu e que não eram planetas, foi desacreditada por desafiar a primazia do número sete.
 
Quando a aceitação do sistema copernicano se ampliou, a terra foi acrescentada à lista de planetas, e o sol e a lua foram eliminados. Assim, parecia haver apenas seis planetas: mercúrio, venus, terra, marte, júpiter e saturno. Por isso, argumentos acadêmicos surgiram para explicar porque eles tinham que ser seis. Por exemplo: seis é o primeiro número perfeito, igual à soma de seus divisores: 1 + 2+ 3. Enquanto os adeptos do misticismo numerológico se adaptavam, esse modo complicado de pensar foi dos planetas para as luas.
 
A terra tinha uma lua, júpiter tinha as quatro luas descobertas por Galileu, cinco no total, faltava uma. Quando Huygens descobriu titã em 1655, ele e muitos outros acharam que era a ultima: seis planetas, seis luas. O historiador da ciência, Bernard Cohen, observou que Huygens deixara de procurar outras luas por ser evidente com base nesses argumentos, não haverem mais luas a serem descobertas.
 
Dezesseis anos depois, ironicamente com a assistência de Huygens, Cassini descobriu uma sétima lua: Jato, um mundo bizarro, com um hemisfério preto e outro branco, numa órbita mais afastada que a de titã. Pouco depois, Cassini descobriu Réia, lua saturnina, com órbita vizinha à de titã. Cassini somou o número de planetas (seis) ao número de satélites (oito) e obteve catorze. O homem que construíra o observatório para Cassini, e pagava seu salário, era Luis XIV da França, o rei sol. Imediatamente o astrônomo ofereceu as duas novas luas, ao seu soberano e proclamou que as conquistas de Luis se estendiam até os confins do sistema solar.
 
Discretamente, Cassini parou de procurar luas, pois temia que uma nova lua pudesse ofender o monarca. Doze anos mais tarde, Cassini voltou a procurar, e descobriu outras duas novas luas.
 
No antigo Egito, falou-se sobre uma idade de ouro, anterior à própria criação do mundo. Os textos das pirâmides, falam de um tempo anterior em que “ainda não havia morte nem desordem”. No tempo de Ogdoade, divindade primordial com quatro entidades, desdobradas em oito gênios, os oito antepassados dos primeiros tempos anteriores “a terra vivia em abundância, os ventres estavam saciados, as terras do Egito, não conheciam a fome; nem os muros desabavam, nem os espinhos picavam”. Segundo outro texto da mesma época, lê-se: “No tempo dos deuses anteriores, a ordem cósmica passou do céu para a terra, e misturou-se com todos os deuses. Havia abundância, sem restrição de víveres. Não existia o mal, nem o crocodilo predador, nem a serpente que morde”.
 
Na antiga mesopotâmia, o poema cosmogônico “Enuma Elish”, é um hino a glória do herói, Marduk, que matou a deusa má Tiamat, o mar, e a partir de seu corpo, construiu o universo e os homens.
 
No Zoroastrismo, ou Masdeísmo, a ideia do tempo limitado, domina tudo. O tempo entrou na criação do mundo, através do deus da luz, Ormazd, e do antagonismo fundamental, que opõe Ormazd ao deus das trevas, Ahriman. Depois de estar paralisado por três mil anos, Ahriman lutará por mais seis mil anos. Na metade desse período, aparecerá Zoroastro, que ensinará aos homens, a sabedoria.
 
Em meados do século 7 a.C, Hesíodo escreveu em sua obra “Os trabalhos e os dias”: “De ouro foi a primeira raça de homens mortais, que os imortais habitantes do Olimpo criaram. Era o tempo de Chronus, que reinava no céu. Viviam como deuses, o espírito livre e despreocupado, à margem de penas e misérias. A terrível velhice não lhes pesava, sempre de membros vigorosos, deleitavam-se em festins, longe de todo mal. Quando morriam, pareciam vencidos pelo sono. Todos os bens lhes pertenciam. O solo fértil, oferecia-lhes abundantes e saborosos frutos, e eles na glória e na paz, viviam da terra, rodeados de inúmeros bens”.
 
Hesíodo ainda escreveria nas páginas 143 em diante: “E Zeus, pai dos deuses, criou uma terceira raça de homens mortais, a do bronze. Muito diferente da raça de prata, provindo do Freixo, terrível e poderosa. Só pensavam nos trabalhos funestos de ares, e eram insolentes. Não comiam pão. Seu ânimo era firme como o aço. Eram fortes. Suas armas eram de bronze, bem como suas casas”.
 
O poeta Ovídio, no livro primeiro de suas “metamorfoses”, escreveu: “A primeira idade foi a do ouro, em que sem lei, nem castigo, espontaneamente os homens praticavam a boa fé, e a justiça. Não temiam os castigos, leis ameaçadoras e a turba suplicante. Sentiam-se seguros, sem precisar de proteção. Os pinheiros não se cortavam das montanhas e não desciam às correntes dos rios, para visitar outras terras e os mortais, não conheciam outras margens, além das suas. Ainda não haviam profundos fossos em volta dos castelos, não haviam trombetas, nem espadas ou elmos, e sem guerras, viviam tranqüilos num doce repouso. A terra era virgem, nem haviam enxadas ou charruas. A primavera era eterna, e o doces zéfiros acariciavam com seus tépidos sopros, as flores aparecidas sem prévia sementeira”.
 
Na antiguidade, a teoria dos ciclos, foi atribuída a Heráclito. Para ele, cada ciclo durava 18 mil anos. Sob a ação do fogo, o mundo conhecia fluxos alternados de criação e desintegração.
 
Empédocles distinguiu, no interior de um ciclo, uma fase que chamou “a idade do amor”, escreveu ele: “Os homens veneravam-na com estátuas sagradas, oferendas de mirra e espalhando no solo, libações de mel. O altar não brilhava do sangue dos touros, pois tirara a vida e devorar as vísceras, era o mais abominável dos atos”.
 
Os filósofos estóicos como: Cleonte, Zenão e Possidônio, difundiram a teoria dos ciclos; e segundo os autores clássicos, Eusébio e Nemésio, os estóicos pensavam que durante longos períodos, tudo se dissolveria num fogo aéreo, para voltar a tomar forma e assim sucessivamente. O grego Mássimo de Tiro, no século 2 d.C, escreveu a mesma coisa em sua “dissertação XXXVI”.
 
Platão imaginou duas espécies de ciclos: quando o sol, os astros e as coisas humanas são guiadas pelos deuses, predomina o bem, e quando os deuses descuram a matéria, tudo é arrasado. Para Platão, no tempo de Chronus, os homens viviam mais perto de seu estado natural.
 
Aristóteles concebeu um mundo eterno, em ciclos cósmicos aliados à crença de um tempo circular e de eterno retorno.
 
Para fornecer aos fiéis uma cronologia ortodoxa da história, os intelectuais cristãos partiram dos dados numéricos da bíblia. Então apareceram periodizações com base no número 5, de Orígenes: idades de adão, Noé, Abraão, Moisés e Cristo. No número 6 de Hipólito: idades de adão, Noé, Abraão, Moisés, Davi e Cristo. No número 8 do “Liber genarations”: idades de adão, Noé, Faleque, Abraão, Jesus, Davi, cativeiro da Babilônia e Cristo.
 
Santo Agostinho conferiu veracidade à teoria das seis idades da história, em vários de seus textos: “de divinibis quaestionibus”, “quaestio LVIII” e “catechizandis rudibus XXII”. As seis idades são para Agostinho, de adão a Noé, de Noé a Abraão, de Abraão a Davi, de Davi ao cativeiro da Babilônia, do cativeiro ao nascimento de Cristo, ao fim do mundo. O fim do mundo compreenderá três fases: a vinda do anticristo, o regresso de cristo, e o juízo final.
 
As mesmas seis idades em santo Agostinho existem também nas obras “chronicon” de Isidoro de Sevilha e “de temporum ratione” de Beda, o venerável.
 
Gregório Magno em uma de suas homílias escreveu: “A manhã do mundo durou de adão a Noé, a terceira hora de Noé a Abraão, a sexta de Abraão a Moisés, a nona de Moisés a vinda do senhor. A décima primeira, da vinda do senhor ao fim do mundo”. (Homiliae in evangelia I, XIX).
 
Hugo de São Vitor escreveu em seu “exceptionum allegoricarum, libre XXIV”: “É preciso dividir toda a série e desdobrar toda a história em dois estados: o antigo e o novo. Em três momentos: a lei natural, a lei escrita e a graça em seis idades”. Para Honório de Autun, a teoria das três horas identificadas com os três tempos “ante legem, sub lege e sub gratia”, combina-se com a concepção das três vigílias, que também se encontra em Bruno de Segni em seu livro “comentário dos evangelhos”.
 
Coelius Panonius em seu “comentário do apocalipse” de 1571 considerou que o século áureo será com um sol mais brilhante e sem raios e trovoes. Bartolomeu Holzhauzer, na interpretação do apocalipse em princípios do século 17, definiu a próxima idade da felicidade, quando desaparecerem os hereges e a palavra de Deus se cumprir.
 
Desde a antiguidade, teorias sobre o fim do mundo existem. A etnia Namolut das ilhas Carolinas, pensam que um dia, o criador aniquilará a humanidade por causa dos seus pecados. Para os Kai da Nova Guiné, o criador chamado Malenfung, que adormeceu depois de ter criado o universo, despertará para destruir o céu, que há de cair sobre a terra, fazendo desaparecer toda a vida. Os Negritos da península de Málaca, acreditam que o deus Curei, a quem chamam Mau, destruirá um dia, os homens e o mundo, sem distinção entre bons e maus. Para os habitantes das ilhas Andaman, o deus Puluga, destruirá a terra e a abóbada celeste com tremor de terra, mas, ressuscitará as almas para viverem felizes na eternidade. Para os índios Cherokees da América do norte, quando o mundo estiver velho e usado, os homens morrerão, as cordas que ligam a terra ao céu, se quebrarão, e a terra afundará no oceano. Para os Pigmeus, o fim será quando Kmvun retornar. Para os Tártaros, o fim será quando Tangere Kaira Khan, que no princípio dos tempos vivia na terra com os homens, mas os deixou por causa dos seus pecados, retornar a terra, após derrotar o mal, para julgar os homens e para os índios Salish, um coiote é quem vai anunciar o fim o mundo.
 
“E disse-me: a minha graça te basta”. (II Coríntios 12:9).

“Filho do homem, habitas em meio a uma geração rebelde, que possui olhos para ver, e assim mesmo nada vê; e tem ouvidos para ouvir, e assim mesmo nada ouve”. (Ezequiel 12:1-2).




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