terça-feira, 16 de outubro de 2012

OS DEDOS POLEGARES


Os Dedos Polegares              
Conta o historiador Tácito autor de “Germânia”, que entre certos reis bárbaros os mais sagrados compromissos se assumem juntando as mãos direitas e entrelaçando os polegares. Quando, pela pressão, o sangue alcança a extremidade dos dedos, espetam-nos e chupam-nos reciprocamente.
                Dizem os médicos que os polegares são os dedos essenciais das mãos e que a palavra de que derivam significa em latim “forte, poderoso”. Em grego o sentido do vocábulo por que são designados é o de “outra mão”. Em Roma, os polegares voltados para cima eram sinal de aprovação, disse o poeta romano Horácio: “teus partidários te aplaudem levantando os polegares”. Ao contrário, o polegar voltado para baixo era sinal de desfavor. Disse o poeta Juvenal: “quando o povo baixa o polegar é preciso, para lhe agradar, que o gladiador seja morto”.
                Os romanos excluíam do exército quem ferisse o dedo polegar, considerando que não teria força bastante para empunhar armas. O imperador Augusto confiscou os bens de um cavaleiro romano que decepara o polegar de seus filhos na primeira infância, a fim de isentá-los do serviço militar. Antes dele, o senado, por ocasião das guerras sociais, condenara Caio Vatieno à prisão perpétua e à confiscação dos bens, por haver voluntariamente cortado o polegar da mão esquerda com o objetivo de se esquivar à guerra.
                Marinheiros antigos quando venciam suas batalhas navais mandavam decepar o polegar de todos os prisioneiros para tirar-lhes a possibilidade de lutarem e manejarem o remo das embarcações. Os atenienses fizeram o mesmo com os habitantes de Egina para despojá-los da superioridade nas artes marítimas.
                Na Lacedêmonia os professores puniam os alunos mordendo-lhes o dedo polegar.

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