sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

DERIVA CONTINENTAL


 

DERIVA CONTINENTAL



Os antigos sumerianos, que viviam no vale do tigre Eufrates, presenciaram uma aterradora enchente ocorrida no ano de 2800 a. C, a impressão neles causada foi tanta, que passaram a datar seus eventos antes e depois do dilúvio. Surgiu assim, uma lenda sumeriana do dilúvio, lenda essa, contida no primeiro romance épico conhecido, a lenda de Gilgamesh, rei da cidade sumeriana de Uruck em suas aventuras ele encontra Ut Napishtin, cuja família era a única sobrevivente. O épico se popularizou e se tornou conhecido bem além dos limites da cultura sumeriana e daquelas que a sucederam.

 


A interpretação correta dos fósseis remanescentes de espécies extintas se deu no século 18 com Charles Bonnet (1720-1793), ele concordava que os fósseis eram realmente remanescentes de espécies extintas, que tinham tido seu período de vida próprio, mas cria que elas haviam morrido em uma ou outra das  catástrofes planetárias que haviam assolado o mundo em algumas eras. Dessas catástrofes, o dilúvio de Noé era o último representante após cada catástrofe, as sementes e outros remanescentes da vida pré-histórica se desenvolviam em novas e mais avançadas formas.


 
Essa noção foi retomada pelo anatomista francês Barão Georges Cuvier (1769-1832). Ele concluiu que quatro catástrofes, sendo a última delas o dilúvio, explicariam os fósseis, contudo, quanto mais fósseis eram descobertos, ficava mais evidente que mais e mais catástrofes eram necessárias para limpar e abrir caminho para outras.


 
Em 1849, um discípulo de Cuvier, Alcide D’ Orbigny (1802-1857), concluiu que não menos de 27 catástrofes tiveram que acontecer. D’Orbigny, foi a última expressão do catastrofismo na comunidade científica. Calamidades sempre existiram na história da terra, e a vida sempre foi por elas afetada, porém nenhuma catástrofe ocorreu de modo que acabasse  com a vida, forçando-a a recomeçar do zero.




A vida é sem sombra de dúvida contínua, e jamais desde que apareceu, há 3 bilhões de anos, deu qualquer sinal de uma interrupção absoluta. A cada momento de todo esse tempo, a terra parece ter sido ocupada por coisas vivas e em rica profusão. Qualquer asserção de que a terra, de tanto em tanto tempo, dá uma guinada de 180 graus, de nodo que o que antes era polar vira temperado ou tropical e vice-versa, sempre encontra seus adeptos. Dessa maneira, pode-se explicar por que alguns mamutes siberianos parecem ter congelado tão depressa, mas supor que os mamutes fizeram algo tão simples como cair numa fenda de geleira ou num pântano congelado é insuficiente. Além do mais, mesmo que a terra desse essa guinada, uma área tropical não se congelaria rapidamente, pois a perda de calor leva tempo. Além disso, é totalmente improvável que a terra dê essa guinada, pois existe um bojo equatorial, resultado da rotação terrestre, que faz com que a terra se comporte como um gigantesco giroscópio. As leis da mecânica que governam o movimento de um giroscópio estão perfeitamente compreendidas, e a quantidade de energia necessária para fazer a terra dar uma guinada de 180 graus é enorme. Uma sugestão medidora é que não é a terra como um todo que dá essa guinada, mas sua crosta fina. A crosta, cuja espessura equivale a somente 0,3 % da massa da terra, repousa sobre o manto terrestre, uma espessa camada de rochas que, se não é muito quente para ser derretida, ainda é bem quente para ser macia. De vez em quando, a crosta escorrega pelo manto, produzindo todos os efeitos referentes à vida na superfície.
O primeiro a sugerir isso, foi o escritor alemão Carl Loffelholz Von Colberg, em 1886. O que causaria tal deslizamento da crosta? Sugere-se que a vasta calota polar sobre a Antártida não esta totalmente centralizada no pólo sul, resultaria então que a rotação terrestre causaria uma vibração descentralizada que desprenderia a crosta e a faria deslizar. Mas isso é muito improvável, pois o manto não é suficientemente macio para que a crosta deslize sobre ele e, se o fosse, o bojo equatorial ainda assim o manteria no lugar.
A primeira pessoa a escrever sobre a deriva continental foi o geólogo alemão Alfred Lothar Wegener (1880-1930), num livro intitulado “The Origin of Continents and Oceans” de 1912. Apesar de pelos idos de 1612, o inglês Francis Bacon (1561-1626), ter escrito que a América do sul e a África já estiveram juntas. Os continentes são compostos por rochas menos densas que o fundo do mar, basicamente feita de granito; o fundo do mar é essencialmente de basalto. Essa deriva continental poderia ser a resposta para um enigma biológico. Espécies similares de plantas e animais existem nas mais diversas porções do mundo, porções separadas por oceanos, que não poderiam ter sido cruzados por esses animais e plantas.

Em 1880, o geólogo austríaco Edward Seuss explicou isso pressupondo já ter havido pontes de terra ligando os continentes. Ele imaginou um supercontinente que se estendia por todo o hemisfério sul para explicar como essas espécies alcançaram diferentes massas de terra agora amplamente afastadas. Essa ideia se popularizou, mas, quanto mais os geólogos aprendiam a respeito do fundo do mar, menos se lhes parecia possível que o fundo do mar pudesse um dia ter sido parte de continentes. Teria mais sentido um movimento lateral, com um único continente se fragmentando. Wegener sugeriu que, em dada época, todos os continentes existiram como um só bloco de terra em meio a um vasto oceano. A esse super continente ele deu o nome de Pangéia (do grego “toda a terra”). Por alguma razão, Pangéia se quebrara em diversos fragmentos que se foram separando até, finalmente, o arranjo continental de hoje se estabelecer. As camadas mais profundas dos continentes terrestres eram rijas demais para permitir que eles deslizassem. A América do Sul e a África estavam tão fixadas em seus respectivos lugares que seria impossível que uma ou outra deslizasse através do basalto. Por 40 anos, as teorias de Wegener foram desconsideradas.



 



Os fósseis de algumas rochas continentais chegavam a ter 600 milhões de anos; porém, os do fundo do atlântico, que teria se formado após a fragmentação de Pangéia, não poderiam ser tão velhos. E, com efeito, nenhum fóssil com mais de 135 milhões de anos, jamais foi localizado nas rochas do fundo do oceano atlântico. Crescente evidência se acumulava a favor do deslizamento continental. A chave do problema veio com a análise do fundo do atlântico; que está oculto por um opaco lençol de água de quilômetros de profundidade. A primeira ideia de que poderia haver algo lá embaixo, data de 1853, quando foi necessário fazer sondagens, a fim de se instalar um cabo telegráfico no atlântico de modo que, a Europa e a América pudessem e comunicar por sinais elétricos. Na época, descobriu-se um platô submarino no meio do oceano. O atlântico parecia muito mais raso no meio que nos lados, e o centro raso, foi chamado “planalto do telégrafo” em homenagem a esse cabo.
Na década de 20, um navio oceanográfico alemão, começou a fazer sondagens no atlântico, por meio do sonar; e por volta de 1925, demonstrou-se que uma imensa cordilheira submarina recortava o centro do oceano atlântico, em toda a sua extensão. Mais tarde, descobriu-se que o globo era circundado por uma longa e sinuosa “cordilheira centro-oceânica”. Depois da segunda guerra mundial, os geólogos americanos William Maurice Ewing (1906 a 1974), e Bruce Charles Heezen (1924 a 1977), em 1953, demonstraram que, ao longo de toda extensão da cordilheira, descendo até sua base, corria uma profunda garganta. Mais tarde, descobriu-se que ela existia em todas as porções da cordilheira centro oceânica e, por isso, é chamada de “grande fissura global”.
A grande fissura global parece dividir a crosta terrestre em grandes placas, que em alguns casos, chegam a ter de 70 a 150 quilômetros de profundidade. São chamadas de placas tectônicas, da palavra grega “Tekton” (carpinteiro), porque as diversas placas parecem estar cuidadosamente encaixadas. A descoberta das placas tectônicas confirmou a noção do deslizamento continental, mas, não da forma que Wegener advogava. Os continentes não flutuavam e derivavam pelo basalto. Um continente específico, unido a porções do fundo do mar adjacente, era parte integrante de uma placa específica. Os continentes só se moviam, se as placas também se movessem.
Em 1960, o geólogo americano Harry Hammond Hess (1906 a 1969), apresentou provas a favor da expansão do fundo do mar. Rochas quentes derretidas lentamente verteram das grandes profundezas até a grande fissura global no centro do atlântico, e se solidificaram na superfície ou perto dela. Isso forçou as duas placas a se separarem, em alguns lugares de dois a dezoito centímetros por ano. Com sua separação, a América do Sul e África, por exemplo, foram forçadas a se separar; em outras palavras: os continentes não se desgarraram, foram empurrados.


 
Quando duas placas são pressionadas, uma contra a outra vagarosamente, surge um enrugamento e formam-se cadeias montanhosas. Se forem pressionadas mais rapidamente, uma escorrega por baixo da outra; atinge regiões quentes e derrete. O fundo do mar é pressionado para baixo, para formar “fossas”. Os continentes se agrupam numa única e gigantesca massa de terra; e então, se dividem novamente, repetidas vezes. A última vez em que a Pangéia se formou, foi há 225 milhões de anos; quando os dinossauros apenas começavam a evoluir; e principiou a se romper a 180 milhões de anos.
A terra é formada por aproximadamente seis trilhões de trilhões de quilos de rochas e metais. A natureza de sua formação se deve em grande parte, ao campo gravitacional gerado por toda essa massa. Desse modo, ao fundir-se pela ação do campo gravitacional, o material constitutivo da terra foi forçado a ocupar a área mais próxima do centro. Cada porção de terra se dirigia ao centro, até que seu caminho era bloqueado por outra porção. Finalmente, cada porção de terra, estava tão próxima do centro, que o planeta inteiro apresentava energia potencial mínima. A terra moldada esfericamente pela gravitação é firme e compacta; os átomos que a compõem se encontram em contato; e à medida que adentra a crosta terrestre, os átomos se comprimem mais ainda pelo peso das camadas superiores. Esse peso representa a força da gravidade.


O sol tem uma massa 330 vezes maior que a da terra. Seu campo gravitacional é 330 vezes maior; quando o sol se formou, a intensidade da força que o moldou como esfera, era proporcional a isso. Com a ação de força tão intensa, os átomos do centro do sol se romperam sob o peso colossal das camadas superiores. Os átomos são cápsulas de ondas de elétrons com massa muito pequena. O núcleo tem um diâmetro de 1/100 000 do átomo. A força gravitacional entre quaisquer dois objetos aumenta à medida em que a distância entre seus centros decresce; esse aumento é da ordem do quadrado da diferença da distância. A força gravitacional agindo sobre você depende da massa terrestre, da sua própria massa e do fato de estarmos a 6378 quilômetros do centro da terra.

 
A terra possui uma massa igual a 3,5 x 1051 vezes a de um próton a terra possui uma massa 3.500 trilhões de trilhões de trilhões de vezes maior que um próton, produzindo um campo gravitacional 3,5 x 1051 vezes maior. A massa do elétron (m) é de 9,1 x 10-28 gramas. Se multiplicarmos esses dois números, multiplicando a seguir o produto por 6,67 x 10-8, obteremos um produto final de 1x 10-58 dinas, ou 0,0000000000000000000000000000000000000001 dinas.




Falhas são pontos fracos através dos quais o calor e as rochas derretidas das camadas mais inferiores da crosta podem abrir caminho para a emersão. O calor pode se fazer sentir um tanto benigno por aquecer as águas do solo e produzir ventos de vapor ou fontes de águas quentes. Às vezes a água é aquecida até a pressão atingir um ponto crítico que, ultrapassando, provoca a erupção abrupta de uma massa dela. Grandes porções de rochas derretidas jorram através do montículo de rocha solidificada, aumentando ainda mais a sua altura. É o vulcão.


 
Há no mundo, 455 vulcões ativos conhecidos por suas erupções na atmosfera. Talvez outros oitenta sejam submarinos. Cerca de 62 % dos vulcões ativos se acham a margem do oceano pacífico, e três quartos deles nas costas oeste das cadeias de ilhas que beiram a costa pacífica asiática. Outros 17 % dos vulcões aparecem ao longo do braço insular da Indonésia, que marca o limite entre as placas eurasiana e australiana. Outros 7 % se situam ao longo de uma linha mediterrânea leste oeste, demarcada entre as placas eurasiana e africana.
A erupção vulcânica mais conhecida na história ocidental é a do Vesúvio, em 79 d.C.. O Vesúvio é um vulcão de 1,28 quilômetros de altura que se situa a cerca de 15 quilômetros a leste de Nápoles. Então em 24 de agosto de 79, ele entrou em atividade. O fluxo de lava e nuvens de fumaça, gases e vapores, destruíram completamente as cidades de Pompéia e Herculano, a sudoeste do Vesúvio. Isso foi descrito dramaticamente por Plinio, o jovem (cujo tio, Plinio, o velho, morreu na erupção enquanto tentava ajudar as pessoas).
A ilha da Islândia, por exemplo, é particularmente vulcânica, já que repousa sobre a cordilheira centro-oceânica, nos limites  entre as placas norte americanas e eurasiana. Em 1783, o vulcão Laki, no centro sul da Islândia, 190 quilômetros a leste de Reykjavik, a capital islandesa, começou a entrar em erupção. Por dois anos, a lava cobriu uma área de 580 quilômetros quadrados. O dano direto foi pequeno, mas as cinzas vulcânicas se espalharam tanto que chegaram a atingir a Escócia, 800 quilômetros a sudeste com tal concentração que as safras daquele ano foram arruinadas. Na própria Islândia, a fumaça e as emanações dizimaram três quartos de todos os animais domésticos e inutilizaram temporariamente as poucas terras agrícolas existentes na ilha. Resultado: 10.000 pessoas, um quinto da população da ilha morreu de fome ou doenças.
O vulcão Tambora, a leste de Java, em 1815, tinha 4 quilômetro de altura. Em 7 de abril do mesmo ano, a lava contida rompeu e arrasou o quilômetro superior do vulcão. Talvez uns 150 quilômetros cúbicos de matéria foram liberados naquela erupção. A maior massa de matéria atirada à atmosfera nos tempos modernos. A chuva direta de rochas e fumaça matou 12 000 pessoas e a destruição de terras agrícolas e animais domésticos levou à morte, por inanição, outras 80 000 pessoas em Sumbawa e na ilha vizinha de Lombock.
No hemisfério ocidental, a erupção mais terrível dos tempos registrados pela história, ocorreu em 8 de maio de 1902 . O monte Pelée, na extremidade noroeste da ilha de Martinica, era conhecido como um vulcão que só dava pequenos soluços de tempos em tempos; nesse dia porem, produziu-se uma gigantesca explosão. Um rio de lava e uma nuvem de gases quentes derramaram-se a grandes velocidades pelas encostas do vulcão, assolando a cidade Saint Pierre e dizimando a sua população. Ao todo, 38 000 pessoas foram dizimadas. Um homem preso num cárcere no subterrâneo da cidade mal sobreviveu.
Entretanto, a maior explosão dos tempos modernos ocorreu na ilha de Krakatoa, situada no centro de sunda, entre Sumatra e Java, 840 quilômetros a oeste de Tambora. O Krakatoa não parecia muito perigoso. Houvera uma erupção em 1680, mas de pequenas proporções. Em 27 de agosto de 1883, uma grande explosão arrasou a ilha; uma área de 800 mil quilômetros quadrados foi coberta por cinzas e viveu na escuridão por dois dias e meio. A poeira atingiu a estratosfera e se espalhou por toda a terra. Um terço do globo ouviu a explosão e sua força correspondeu a 26 vezes a da maior bomba H já detonada. A explosão provocou um tsunami o “macaréu”, que cobriu as ilhas vizinhas e se fez sentir por todo o oceano. Toda a vida de todas as espécies em Krakatoa foi dizimada e o tsunami, à medida que convergia para as baías onde alcançava 36 metros, acabou com 163 povoações e matou 40 mil pessoas.
No mar Egeu, há uma ilha chamada Thira. Por volta de 1470 a. C., a ilha era considerada maior do que hoje e nela se localizava um ramo próspero da civilização minóica, cujo centro estava na ilha de Creta, 105 quilômetros ao sul de Thira. Naquele ano Thira explodiu como aconteceria com o Krakatoa 33 séculos depois, mas com uma intensidade 5 vezes maior. O tsunami de ondas com até 50 metros de altura, destruiu toda a civilização minóica. Levou quase mil anos para os Gregos se reerguerem novamente.


 
Os Egípcios fizeram relatos dessa explosão mas de forma confusa, os quais, mil anos depois, retomados pelos Gregos, sofreram maiores distorções. Essas, transformadas em lendas, aparecem em dois diálogos de Platão, que aparentemente não acreditava que a grande cidade descrita pelos egípcios realmente existira no mar Egeu, onde em sua época, havia pequenas ilhotas. Localizou-a no Oceano Atlântico, a oeste e a chamou de Atlântida. O resultado foi que, desde então, formou-se uma crença generalizada de que o Oceano Atlântico abrigava o continente afogado.
 

Quando ocorre uma movimentação das placas, a terra vibra e temos um terromoto. O mais famoso terremoto da história ocidental ocorreu em 1º de novembro de 1755, na costa de Portugal. Todas as casas da parte baixa de Lisboa foram destruídas. Um Tsunami originado na porção submarina do tremor, tomou conta da Baía, completando a destruição. 60 mil pessoas morreram e a cidade foi achatada. O choque se fez sentir sobre uma área de 3,5 milhões de quilômetros quadrados, causando danos até em Marrocos. Como era dia de todos os santos, as igrejas estavam cheias; quem estava nas catedrais viu os lustres balançarem.
O terremoto mais famoso da história americana, aconteceu em San Francisco. Esta cidade se situa na linha divisória das placas pacífica e norte-americana. Essa linha percorre todo o oeste da Califórnia e é chamada de “falha de Santo André”. Às 05h13min da manhã de 18 de Abril de 1906, a falha cedeu em San Francisco, e todos os edifícios ruíram. Iniciou-se um incêndio que durou três dias, até que um aguaceiro o apagou. Quase dois quilômetros quadrados do centro da cidade foram destruídos. 700 pessoas morreram e 250 mil ficaram desabrigadas. Os prejuízos materiais somaram meio bilhão de dólares.
Em 1970, na reserva de Yungay, no Peru, 320 quilômetros ao norte da capital, Lima, um terremoto soltou a água que se vinha acumulando por trás de um barranco; resultou numa inundação, que dizimou 70 mil vidas.
Maiores danos são causados do outro lado do Pacífico. Em 1º de Setembro de 1923, um terremoto ocorreu a sudoeste da região metropolitana de Tóquio e Yokohama, no Japão. E em 1923, Tóquio era bem maior que San Francisco em 1906; 2 milhões de pessoas viviam na área entre Tóquio e Yokohama. O terremoto ocorreu pouco antes do meio dia; 575 mil edifícios caíram por terra de imediato. O número de vítimas entre o terremoto e o incêndio que o precedeu, atingiu a marca de 140 mil, e os prejuízos chegaram a 3 bilhões de dólares. Este foi o terremoto que causou os mais caros danos já registrados. E, mesmo assim, esse não foi o pior dos terremotos em termos de vítimas.
Em 23 de Janeiro de 1556, na província de Chan-Si, na região central da China, registrou-se um tremor que matou 830 mil pessoas. Não podemos confiar de todo num registro tão antigo, mas, em 28 de Julho de 1976, um terremoto igualmente devastador, ocorreu no sul de Pequim. As cidades de Tien-Tsin e Tang-Chan, foram arrasadas. Os dados apontaram 655 mil mortes e 779 mil feridos.

 

 

 

 

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