ARMAS DOS TEMPOS
BÍBLICOS
A
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s armas dos tempos bíblicos eram basicamente o elmo, o arco e
a flecha; o arpão, a lança, a funda, o escudo, a adaga, a couraça, o machado de
duas faces, carros ferrados e ainda armas pesadas como a catapulta, empregada
para destroçar muros e portas que rodeavam as cidades muradas daqueles tempos.
Até ao início do período do governo dos reis de Israel, a
variedade de armas de defesa usadas pelos israelitas não parece ter sido
avultada.
Até aos dias do profeta Samuel, o povo confiava mais na
intervenção divina em seu favor nas guerras, do que nas próprias armas. Por várias
vezes o senhor destroçou exércitos inteiros que combatiam contra Israel, usando
uma espécie de arma ofensiva desconhecida pelos inimigos, era a chamada “saraiva”,
eram pedras de gelo que caíam do céu sobre os inimigos como aconteceu em Gibeão
(Josué 10:11).
Já naqueles dias, os israelitas possuíam espadas e lanças, que
eram armas ofensivas, mas as armas sobrenaturais e divinas eram para eles as
mais eficientes. Entretanto, logo que Israel se organizou como nação, dirigida
por um rei, a história então começou a registrar armas defensivas em larga
escala. Uma das armas indispensáveis era o escudo. No livro de crônicas, o
livro da história dos reis, lê-se: “dos filhos de Judá que traziam um escudo e
lança. Seis mil e oitocentos armados para a peleja”. (I crônicas 12:24). Mais
adiante lê-se: “e de Naftalí, mil capitães, e com eles trinta e sete mil com
rodelas (escudo) e lança”. (I crônicas 12:34). Os escudos daquela época eram de
diversos tamanhos. Podiam ser grandes, pequenos, redondos, ovais e oblongos.
Podiam ser de couro grosso, de madeira revestida de couro, revestidos de metal
ou inteiramente de metal.
Outra arma utilizada
naqueles tempos era o elmo. O elmo era um capacete e pertencia à classe de
armas defensivas. Todos os elementos usados pelos guerreiros para atacarem ou
para se defenderem, eram considerados como armas.
Outra arma ou armadura defensiva, era a couraça. Era uma peça que cobria o peito, as costas e os ombros. A couraça podia ser fabricada de couro, de bronze, de ferro e até mesmo de ouro. O gigante Golias, na ocasião em que se defrontou com Davi, vestia uma couraça com articulações, para facilitar-lhe os movimentos dos braços. “e trazia Golias na cabeça um capacete de bronze, e vestia uma couraça de escamas, e era o peso da couraça de cinco mil siclos de bronze” (I Samuel 17:5). O capítulo que descreve a armadura de Golias menciona também um elemento de defesa chamado grevas. Grevas era uma espécie de botas de cobre para proteger as pernas dos joelhos para baixo. “Golias trazia grevas de bronze por cima de seus pés”. (I Samuel 17:6).
A espada nos dias antigos desempenhou relevante papel nas
guerras em que o povo de Deus teve que participar. Nos dias de Gideão, quando o
senhor despertou o filho de Joás para libertar o povo de Israel do jugo dos Midianitas,
a espada foi elemento decisivo. Os trezentos de Gideão não possuíam espadas,
eles tinham somente cântaros com tochas e buzinas. Na hora convencionada para
quebrarem os cântaros a fim de aparecerem as tochas acesas, eles reclamaram: “espada
do senhor e de Gideão”. (juízes 7:22). O que aconteceu nesse momento em que a
espada do senhor entrou em ação foi a derrota total dos Midianitas. “e o senhor
tornou a espada de um contra o outro”. (Juízes 7:22).
O apóstolo Pedro, ardoroso defensor de Cristo, certo dia, ao
ver o mestre cercado por aqueles que o foram prender no Getsêmane não se
conteve e pegou sua espada. Eis como João descreveu o fato: “então Simão Pedro,
que tinha espada, desembainhou-a e feriu o servo do sumo sacerdote,
cortando-lhe a orelha direita”. (João 18:10).
Naqueles tempos, as espadas tinham pontas bem cortantes. Suas
bordas finas eram tão afiadas que podiam servir como instrumento de corte. A espada
golpeante, tinha somente uma borda afiada, com a parte mais larga da lâmina não
no centro, mas ao longo de sua borda cega. Essa espada era quase sempre curva,
dando-lhe muitas vezes a aparência de uma foice, mas com a borda externa,
convexa afiada como a lâmina cortante. O amplo uso das espadas de lâmina longa
naqueles tempos, explicam a frase repetidamente usada na Bíblia para descrever
as conquistas de Josué sobre os Cananitas: “Josué os atingiu com a borda da
espada”. (Josué 8:24; 10:28-39). Essa expressão seria imprópria para a ação de
uma espada curta, reta e estreita usada como uma arma contundente. Um excelente
exemplar de espada curva foi encontrado em Gezer na Palestina, no túmulo de um
nobre, datando da primeira metade do século XIV A.C. O mesmo tipo de lâmina foi
também retratado numa antiga escultura em marfim de Megido, pelos idos do
século XIII A.C.
Nos tempos do rei Saul, os Filisteus usaram sua tecnologia
para se estabelecerem como habitantes da cidade e como presença militar
dominante na terra. Sua superioridade militar baseava-se em carruagens e numa
infantaria equipada com armamentos pessoais de alta qualidade. Supervisionavam
cuidadosamente a forjaria do metal bruto e impediam os israelitas de
desenvolverem suas próprias forjarias como se lê em I Samuel 13:19-22: “e em
toda a terra de Israel nem um ferreiro se achava, porque os filisteus tinham
dito para que os hebreus não façam espada nem lança por isso todo Israel tinha
que descer aos filisteus para amolar cada um a sua relha, e a sua enxada, e o
seu machado, e o seu nacho. Tinham porem limas para os seus nachos e para as
suas enxadas, e para as forquilhas de três dentes, e para os machados e para
consertar as aguilhadas”. A alternância de poder dos filisteus para os
israelitas não poderia ocorrer a menos que essa situação se modificasse.
A clava e o machado, desenvolvidos como alternativa para a
espada antes que o metal bruto fosse forjado, eram destinados para luta manual.
Consistiam basicamente de um punho de madeira comparativamente curto, uma de
suas extremidades revestida de uma cabeça letal feita de pedra ou metal. As
armas eram balançadas como um martelo para obter o efeito de um soco. A cabeça
tinha que ser presa fortemente ao punho para prevenir que se soltasse ou
quebrasse. O punho de ambos, tanto da clava quanto do machado, tinha que ser
alargado, estreitando-se em direção à ponta, para prevenir que a arma
escorregasse da mão do guerreiro quando manuseada. Essas armas eram carregadas
na mão ou atadas à cintura através de um cinto. A clava era usada para surrar e
esmagar enquanto que o machado era usado para perfurar e cortar.
Destinado a estabelecer uma barreira entre o corpo de um
soldado e a arma de seu inimigo, o escudo era um dos mais antigos meios de
proteção. No tempo dos juízes e dos primeiros reis israelitas, importantes
guerreiros eram frequentemente protegidos por um escudo bem disforme. Era
carregado num suporte especial que permanecia sempre do seu lado direito e
desprotegido, funcionando como um guarda-corpo como se lê nos livros de Juízes 9:54; I Samuel 14:1; 17:7; II Samuel
18:15. O lado direito de um combatente armado era desprotegido porque ele
carregava suas armas na mão direita e o escudo na esquerda. O suporte do
escudo, no entanto, tinha que ficar no seu lado mais vulnerável - o direito -
para protegê-lo (I Samuel 17:41; Salmo 16:8). Naquele tempo era comum ungir o
escudo como parte da consagração de um guerreiro israelita e suas armas de
batalha: “vós, montes de Gilboa, nem orvalho, nem chuva caia sobre vós, nem
haja campos de ofertas alçadas, pois aí desprezivelmente foi arrojado o escudo
dos poderosos, o escudo de Saul, como se não fora ungido com óleo” (II Samuel
1:21).
Os primeiros arcos eram feitos de uma peça de madeira sazonal. Nenhum tipo de arco de madeira, entretanto, tinha a leveza, rigidez e elasticidade requerida. Pouco a pouco se pensou em combinar diversas madeiras naturais, partes de chifre e tendões de animais, e chegar-se à construção de um arco que conjugasse todas as demandas. A composição do arco resultante tornou-se uma arma de suprema importância. O arco de corda era feito de cipó, corda natural, couro curtido ou de intestinos de boi ou camelo. O arco era retesado com a mão como se lê em II Reis 13:16, usualmente curvado com o pé, o que requeria força considerável. (II Samuel 22:35; Jeremias 51:3).
Complementando o arco havia a funda, usada originalmente pelos pastores para afastar os animais que molestassem suas ovelhas como se lê em I Samuel 17:40: “e tomou o seu cajado na mão, e escolheu para si cinco seixos do ribeiro, e pô-los no alforje de pastor, que trazia, a saber no surrão, e lançou mão de sua funda; e foi se aproximando do filisteu”. A funda gradualmente assumiu importância como uma arma de guerra, sendo sua principal vantagem a simplicidade. Uma funda não só exigia pequena habilidade técnica para ser produzida, como as pedras usadas como projéteis estavam disponíveis no chão. Um fundista treinado podia atirar uma pedra a 183 metros de distância em qualquer terreno. A capacidade da funda para atirar em ângulo ascendente numa ladeira íngreme era particularmente importante num ataque a uma cidade cercada de fortificações. Sua principal desvantagem era que requeria treino intenso e experiência para conseguir habilidade no seu uso como se lê em Juízes 20:16.
O dardo e a lança eram armas empregadas em combates de média-distância e eram similares em aparência, mas diferentes em comprimento e operação. O dardo, geralmente mais leve e menor que a lança, era usado para lançamento. Parecia um grande arco que era arremessado com a mão. A lança era similar, porém maior, mais pesada e empregada inicialmente como uma arma contundente (Números 25:7-8). Os monumentos militares mais antigos conhecidos mostram que a lança já estava bem desenvolvida.
A couraça pessoal protegia o corpo do combatente de ferimento
enquanto usava suas mãos livremente para manejar suas armas. O modelo primitivo
de couraça deu origem à longa armadura. Consistia de uma túnica comprida feita
de couro ou alguma fibra resistente. Era relativamente simples de ser produzido,
leve o suficiente para permitir total mobilidade e oferecia proteção para o
peito, abdômen, costas, coxas e pernas. Equipado dessa forma, o soldado
precisaria ter somente um pequeno escudo para proteger os braços e o rosto. Na
era do Bronze foi desenvolvido o casaco de malha, que consistia em centenas de
pequenas peças sobrepostas de metal unidas como escamas de peixe e costuradas
na superfície de uma túnica de tecido ou couro. Antigos documentos afirmam que
entre 400 e 600 grandes escamas e muitas centenas de escalas menores eram
usadas na produção de uma única couraça. Escamas menores e fileiras mais
estreitas eram usadas nas partes que requeriam mais flexibilidade, como a
garganta e o pescoço. A peça resultante era relativamente flexível, permitindo
liberdade de movimento, enquanto as escamas de metal rígido possibilitavam
maior proteção pessoal do que o couro e a fibra
Considerando-se que a parte mais vulnerável de um soldado em combate era sua cabeça, havia desde o fim do quarto milênio A.C, certa preocupação com alguma forma de capacete protetor. Capacetes de bronze foram usados por Golias e por Saul (I Samuel 17:5, 38). Embora durante séculos fosse equipamento básico para a infantaria pesada de exércitos estrangeiros, o capacete não parecia ser uma proteção comum dos soldados do exército israelita durante o período da monarquia unida. Dentre as reformas militares introduzidas pelo Rei Uzias no séc. IX A.C. estava a provisão de capacetes para o exército do reino de Judá como se lê em II Crônicas 26:14: “E preparou Uzias, para todo o seu exército, escudos, lanças, capacetes, couraças e arcos, e até fundas para atirar pedras”.
Considerando-se que a parte mais vulnerável de um soldado em combate era sua cabeça, havia desde o fim do quarto milênio A.C, certa preocupação com alguma forma de capacete protetor. Capacetes de bronze foram usados por Golias e por Saul (I Samuel 17:5, 38). Embora durante séculos fosse equipamento básico para a infantaria pesada de exércitos estrangeiros, o capacete não parecia ser uma proteção comum dos soldados do exército israelita durante o período da monarquia unida. Dentre as reformas militares introduzidas pelo Rei Uzias no séc. IX A.C. estava a provisão de capacetes para o exército do reino de Judá como se lê em II Crônicas 26:14: “E preparou Uzias, para todo o seu exército, escudos, lanças, capacetes, couraças e arcos, e até fundas para atirar pedras”.
Muitissimo interessante.. Parabéns!
ResponderExcluirFaltou citar as balistas e catapultas inventadas por Uzias em 2 crônicas, 26:16
ResponderExcluirE mesmo
ExcluirMuito bom meus parabéns!
ResponderExcluirParabéns
ResponderExcluirMuito útil, obrigada
ResponderExcluirShow
ResponderExcluirMaravilhoso, aprendi muito
ResponderExcluirGostei muito , parabéns.
ResponderExcluirAs armas antigas teve grande desempenho nos exércitos, os confrontos era mais de corpo a corpo.
ResponderExcluirBoa matéria.
ResponderExcluirLegal 👌
ResponderExcluirE muito bom esses estudos e ter mas conhecimento da palavra de Deus aprendi muitas coisas
ResponderExcluirGostei muito do comentario foi de grande valia para o meu conhecimento
ResponderExcluirParabéns muito bom!!!!
ResponderExcluirGostei bastante e certamente usarei em meus estudos seus comentários!
ResponderExcluirMuito bem vou esmiuçar
ResponderExcluirMuito bom estudo.
ResponderExcluirVende dessas?
ResponderExcluirMuito boas as informações sopre israel
ResponderExcluirexelete
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