ESTRANHEZAS E
MITOS
Na América do norte, um mito
Hopi, descreve os primeiros seres humanos como formados de terra pela mulher
aranha, a divindade criadora. Na África, os mitos geralmente falam de um
criador fazendo humanos em algum lugar à parte, do qual depois eles são
introduzidos neste mundo. Algumas histórias relatam que eles caíram do céu no
início dos tempos. Os Hererós do sudoeste da África, dizem que as primeiras
pessoas surgiram de uma “árvore da vida” no mundo subterrâneo. Os Azandes
relatam que os homens ficavam originalmente lacrados dentro de uma canoa, junto
com o sol, a lua, as estrelas, a noite e o frio. O sol conseguiu derreter o
lacre e a humanidade então surgiu.
Já falando de morte; para os
Polinésios, ela nasceu com a primeira mulher. Uma versão Maori da história,
relata como Tane, o deus das florestas e das árvores, moldou a primeira mulher
com a areia da ilha Hawaiki. Uma história Shoshoni da América do norte,
descreve a origem da morte por causa de uma discussão casual entre um lobo, a
divindade criadora e o coiote, o astucioso. Quando o lobo diz que qualquer um
que morre, pode ser trazido de volta à vida por meio do disparo de uma flecha sob
eles, o coiote argumenta que, se todos vivessem, não haveria mais espaço na terra.
Os Chewongs da floresta
tropical da Malaia, endossam a ideia de um universo com múltiplas camadas,
acreditam que de vez em quando seu próprio mundo, o qual chamam de
“terra-sete”, vira de cabeça para baixo; para que tudo o que está sobre ele
seja submergido ou destruído. No norte da Austrália, um mito aborígene,
descreve uma inundação causada pelo erro de duas irmãs que praticaram sexo com
dois homens do mesmo clã. Na América do norte, o impressionante pássaro-trovão,
que no noroeste tem a fama de ser grande o suficiente para vencer baleias, vive
em constantes batalhas pelo domínio da terra com as serpentes que moram na
água.
Coisas estranhas sempre
existiram na história do mundo. O historiador grego Dion Cássio, escreveu em
sua obra “História Romana” (Liv. I), que no ano de 223 a. C, vários eventos
causaram pavor nos cidadãos de Roma. Segundo narra, ocorreu que o rio Picena,
teve suas águas transformadas em sangue na Etrúria e 1/3 do céu, pareceu estar
incendiado. Em outras partes da Itália, foram visíveis três luas durante a
noite e no fórum romano, um abutre esteve pousado por vários dias seguidos sem
se mexer.
Segundo consta no livro
“Prodigium Libellus”, do historiador grego Lycosthenes, foram vistas no ano de
221 a. C, três luas que voavam em diversos pontos do céu, na cidade de Rimini.
Nos livros XII e LXII, de sua “História Romana”, o historiador Tito Lívio,
relata como gigantescos navios fantasmas foram avistados brilhando no céu,
inclusive em Roma. Em outros lugares, apareceram certos “homens altos com
brilhantes vestes brancas”, que se mantinham à distância, sem se aproximarem
das testemunhas. Nos livros XXI e XXII, o mesmo Tito Lívio, recolhe a narrativa
de como foi avistado um “escudo voador”, nos céus de Arpe (cidade de Apúlia, na
Itália); também alude sobre “lâmpadas cintilantes”, vistas no céu de Praeneste,
cidade do Lácio. Plinio, o velho, em sua “História Natural” (Liv. II), comenta
que três luas apareceram ao mesmo tempo durante o consulado de Gnaeus Domitius
e Gaios Faunus.
O orador romano, Cícero, que
viveu entre 106 e 43 a. C, escreveu em seu “Divination” (Liv. I, cap. 42):
“quando dois sóis foram vistos, três luas e chamas de fogo surgiram dos céus. Em
outra ocasião, um gigantesco sol foi visto de noite; ruídos foram ouvidos no
céu e este pareceu se abrir e estranhos globos de fogo surgiram”.
O historiador Plutarco, em sua
obra “Caio Mário”, menciona os vários sinais ocorridos por volta de 103 a. C: “bolas
de fogo que rumavam para o oceano”. Segundo Luciano de Samosata, no ano de 83
a. C, na cidade de Apolônia, soldados de Silas, prenderam um homem estranho que
estava dormindo. Emitia um grito rouco, como o de uma cabra, que não podia ser
entendido. Silas, horrorizado, ordenou que o retirassem de sua vista. Caio
Suetônio em sua obra “Os doze Césares”, recolhe o insólito encontro de Caio
Júlio César com uma “aparição sobre humana de alta estatura e muita beleza”.
Dusselhoff, em seu livro “Las
Grandes Civilizaciones de La America Antigua”, informa que é possível encontrar
a origem dos anões Olmecas. Existe uma crença muito comum entre os nativos da
região, que os consideram pequenos espíritos da natureza com a cara de bebê e o
resto do corpo como o de velhos. Estes, habitariam grutas e cavernas. Segundo
este mesmo autor, sobre a lenda dos índios Pipií, que viviam em El Salvador;
são citados seguidamente pequenos seres sobrenaturais, seguidores do deus da
chuva; que vivem no mundo subterrâneo e que são responsáveis pela regulagem das
águas subterrâneas.
Entre os índios Chochones e
Craals, existem lendas que falam de pequenas criaturas que morariam em cavernas
e que seriam as responsáveis por uma série de eventos sobrenaturais entre as
culturas pré-colombianas.
Na cidade de Nam Madol, na
grande ilha de Ponapé, Micronésia, há uma lenda local que diz que a idealização
e construção de sua cidade megalítica, seriam de anões misteriosos, que teriam
vindo do fundo da terra.
O explorador polonês Ferdinand
Ossendovski escreveu muitos relatos estranhos em sua obra “bestas, homens e
deuses”. Em suas viagens pela Ásia Central, Ossendovski, ouviu histórias
diversas, como por exemplo, sobre uma tribo mongol rebelde que, procurando
escapar de Gengis Khan, escondeu-se num país subterrâneo. Outro aldeão mongol
havia lhe mostrado na região de Nogan Khul, uma porta segundo a qual um caçador
entrou e, conseguindo voltar, começou a contar tudo o que tinha visto; os Lamas
então, lhe cortaram a língua para que ele não contasse mais nada a ninguém.
Certo explorador da Antártida foi encontrado
degolado em sua tenda de campana, no Pólo Sul. Em sua bitácula (caixa onde se
guarda a bússola), estava escrito a seguinte frase: “já vem. Já o vejo. O
monstro se aproxima. Está aqui”.
Praticamente todos os historiadores clássicos,
aludiram sobre coisas estranhas e fenômenos celestes incompreensíveis, como por
exemplo, o historiador Diodoro Sículo, que por volta do século I a. C,
escreveu: “em 372 a. C., um mau presságio antecipou a queda de Esparta. Por
muitos dias ficou visível no céu noturno, uma luz que parecia um raio de fogo.
Poucos dias depois, os espartanos perderam a batalha”. Já Calisthenes no século
IV a. C, escreveu: “um sinal luminoso foi visto no céu em 373 a. C; em Vouron e
Eliki, duas cidades que afundaram no mar”. O historiador Plutarco e o poeta
Hesíodo, escreveram que durante a batalha de maratona, “um humano desconhecido”
ajudou o exército grego com um tipo de arma de raios, e que foi usada em varias
ocasiões.
Existem narrativas de historiadores
antigos, que dizem que Alexandre, o grande e seu exército macedônico, se
encontraram com estranhas naves em forma de disco. Elas foram mencionadas como
escudos metálicos voadores, e em muitas ocasiões, esses escudos passavam por
cima do exército. Aquilo provocou os elefantes e outros animais usados na
campanha, que fugiam assustados e os homens corriam em pânico. Existe também um
trecho notável sobre o cerco na cidade fortificada de tiro.
Foi durante esse cerco,
realizado pelas tropas de Alexandre, que uma formação de objetos parecidos com
escudos circulares, atacou os muros da cidade e o “chão ficou limpo para o
ataque macedônico”. De acordo com as notas de biógrafos antigos, os exércitos
pararam e ficaram assistindo os escudos voadores vindos do céu, e atacando as
muralhas de tiro.
As estranhezas e bizarrices, não se resumem
somente a sinais no céu, mas aos próprios seres humanos e seus corpos viventes.
Heródoto (490-425 a. C) escreveu em seu “Histórias”, sobre singulares pombas
pretas, que teriam sido “fêmeas animalesco-humanas”. (II, 57). Refere-se ainda
à homens da região da foz do rio araxes, na Pérsia, que lhe constou
“juntavam-se à peixes” e teriam constituído uma espécie de “homens-peixes”, de
pele escamosa. (I, 202). Nos vedas indianos, lê-se sobre mães que “andavam
sobre as maõs”. Nas bodas de Peiritoos, os centauros, seres semi-animalescos,
de corpo equino e tórax humano, violentam as mulheres dos Lapitas. Platão no
seu “banquete” escreveu sobre essas anomalias: “originalmente havia um par do
sexo masculino e um do sexo feminino, e ainda um terceiro, o homem tinha quatro
mãos e quatro pés; era grande e planejava conquistar os céus e violar os
deuses”.
O historiador Tácito em sua
obra “anais” (XV, 37) descreveu uma orgia vespertina na casa de Tigelino, onde
“com a colaboração de homens-animais, os presentes se entregavam a
libidinagens”. Heródoto a esse respeito também escreveu: “e o bode se juntava a
uma mulher na vista de todos”. Na ilha de malta, há grandes figuras de pedra de
anatomias estranhas: possuem coxas esféricas e pés pontudos. Seu sexo não é
definido. Em obras de artes assírias, representações de semi-homens não são
raras. Textos acompanhantes relatam sobre animais-humanos aprisionados que,
acorrentados por guerreiros, foram trazidos e entregues como tributo do país de
Musri ao rei assírio.
Nessa época, no céu de
sacramento, subiram e desceram luzes multicores em profusão, ao passo que em
Oklahoma, o povo pôde admirar um veículo de 50 metros de comprimento; com asas
semelhantes à rotores e um gigantesco holofote na sua parte inferior, perscrutando
o solo. No entanto, tais objetos voadores, não foram observados apenas em terra
firme, mas, também nos oceanos; onde as tripulações de navios avistavam bolas
luminosas ou objetos em forma de disco que surgiam das águas e subiam aos ares.
Nas costas do Japão e da China,
frequentemente foram vistos discos ou rodas estranhas; observados na Europa
apenas uma vez ou outra.
Diz-se que Alexandre, o grande,
pesquisou durante seis anos esses objetos estranhos saídos do mar. Criou ele
até uma caixa de metal, onde, um de seus soldados entrava e era emergido às
águas, numa tentativa de encontrar tais discos luminosos (Osnis). Cristóvão
Colombo, em seu diário de bordo, escreveu que numa madrugada de mar calmo e céu
estrelado, ele observou um briga de luzes dentro do mar, e, ao olhar para o
alto, viu pontos luminosos se deslocarem de um lado para o outro.
Em 06 de Abril de 1948,
cientistas observaram um objeto desconhecido, em forma oval, sobre o campo de
provas para armas teleguiadas de White Sands. Com base em medições feitas com
teodolito, sua velocidade foi calculada em 27.000 km/h. quando, de repente, o
objeto subiu; o teodolito acusou sua velocidade de subida na ordem de 40
quilômetros por 10 segundos.
Em 02 de Julho de 1948, 8 entre
10 pessoas avistaram objetos estranhos luminosos, que sobrevoavam a localidade
de Disma, pousando numa colina nas proximidades de Idaho. Mais tarde, soube-se
que objetos voadores foram avistados simultaneamente em mais outros 33 estados
dos EUA, inclusive em Knoxville, onde o professor C. Grehm, da universidade de
Knoxville, observou um cilindro comprido de aparência metálica que voava em
alta velocidade.
No início da década de 30,
surgiram grandes máquinas voadoras, de cor cinzenta, sem qualquer identificação
nos céus da Europa. Apareciam com frequência durante violentas tempestades,
sobrevoando cidades, ferrovias, praças, fortes e navios em alto mar, cujos
motores chegavam a parar. Muitos relatos mencionaram máquinas enormes, dotadas
de uma série de motores, e um grupo de cinco pessoas afirmou ter avistado um
avião gigantesco de oito hélices.
Em 22 de janeiro de 1934, o
pároco auxiliar de Langstrask, relatou que nos últimos dois anos avistaram
misteriosas máquinas voadoras nos céus da região, seriam os já conhecidos
“aviões fantasmas”, dos quais no último verão, um deles teria sobrevoado o
local nada menos do que 12 vezes, seguindo sempre na mesma direção
sudoeste-nordeste. Quando tal objeto sobrevoou a casa da paróquia, a uma baixa
altura, puderam ser observadas três pessoas no interior do objeto. O pároco
auxiliar informou ainda que o aparelho era de cor cinza com duas asas. Até
dezembro de 1933, a imprensa praticamente não havia noticiado aquele fenômeno.
Uma das primeiras notícias a respeito data de 24 de dezembro de 1933 e procede
de Kalix.
Em 1933, os aviões ainda não
eram capazes de levantar voo sob condições atmosféricas adversas. Nenhum tipo
de avião conhecido na época conseguiria se manter no ar durante uma tempestade
de neve de 5 a 6 horas de duração. Contudo, o avião sobre Nova York realizou
tal feito, em todo caso, jamais chegou a ser identificado.
Em 4 de fevereiro de 1934, um
correspondente londrino do New York Times, relatou uma ocorrência semelhante
registrada nos céus de Londres. Logo após o natal, um “avião fantasma”, tornou
a surgir sobre a Escandinávia e foi avistado simultaneamente sobre a Noruega e
a Suécia, sobrevoando ida e volta à fronteira entre esses dois países.
No dia 10 de janeiro, o povo nas ruas de
Tarna, observou uma luz brilhante a cerca de 350 metros de altura que mudou de
rumo e se afastou em direção a Archeplog. Quinze minutos depois, os habitantes
daquela cidade, ouviram ruídos no ar. Em seguida, a mesma luz surgiu sobre
Rorstrask, a nordeste de Norjo. Testemunhas afirmaram que bem acima desse
local, os motores pararam três vezes seguidas e o aparelho voou a uma altura
tão baixa, que a luz por ele irradiada, inundou toda a região. Na extremidade
norte da Noruega, numa quarta feira, pousou uma máquina nos arredores da região
da ilha de Gseslingen, próximo a Porvik. Outra aterrissagem ocorreu perto de
Kvaloy, na região de Naniudal. O comunicado precedente de Gsesslingen informava
que teria surgido um jato de luz brilhante acompanhado de forte roncar de
motores. Em seguida, a máquina teria pousado sobre as àguas e permanecido lá
por uma hora e meia. Em sua maioria, esses aparelhos eram maiores do que os
aviões militares e capazes de voar sob condições atmosféricas das mais
adversas.
Após a segunda guerra mundial, em 10 de junho
de 1946, foram avistados objetos voadores nos céus da Finlândia que aparentavam
semelhança com os foguetes V alemães. No decorrer de algumas semanas, milhares
de pessoas, observaram luzes, objetos em forma de charutos e máquinas voadoras
com asas não identificadas sobre toda a Noruega e Suécia. Tais objetos foram
também observados no extremo norte da Grécia, sendo fotografados e tendo sua
velocidade calculada em como variando entre 700 e 1600 quilômetros por hora.
Em setembro de 1946, “bolas de
fogo verde”, foram avistadas nos céus de Portugal e um foguete com um jato de
luz sobrevoou Casablanca, na África do norte. A cidade de Oslo foi visitada por
“coisas grandes e incandescentes”, que caíram do céu e explodiram com um ruído
ensurdecedor.
Durante a segunda guerra
mundial, foi registrado um fenômeno raro. Uma vez ou outra; estranhos objetos
voadores em forma de disco acompanharam vários pilotos durante os voos. Os pilotos
dos bombardeiros das forças aliadas os chamaram de “foo fighters”,
(fighter=combate, foo=fantasma). Os objetos que voavam acima das asas dos seus
aparelhos ou os acompanhavam a pouca distancia, à frente ou atrás;
invariavelmente demonstravam facilidade de manobra e velocidade. Até as
tripulações dos navios de guerra observaram voos luminosos.
Charles Odom, ex-piloto de um
b-17, descreveu seu contato com um objeto estranho durante o inverno europeu de
1944 sobre a Alemanha: “tinha a aparência de esferas de cristal e eram do
tamanho de uma bola de basquete. Foram observados com maior frequência
sobrevoando as cidades de Munique e Viena. Nunca se aproximaram mais de 100
metros de uma formação de bombardeiros. Pareciam ser atraídos por nossa
formação. Voavam conosco lado a lado”.
A 7 de janeiro de 1948, algumas
pessoas avistaram sobre Louisville, Kentucky, um objeto prateado em forma de
disco, que emitia uma luminosidade avermelhada. Seu diâmetro media cerca de 80
a 100 metros, e seu voo era dirigido para o sul.
De acordo com algumas
pesquisas, esses objetos em sua maioria tem a forma de disco, possuem uma
cúpula e diâmetro 10 vezes maior que sua espessura no centro. Voam em formação
regular e são avistados por testemunhas oculares. Ademais, existem objetos
elípticos em forma de charutos, alguns dos quais são biplanos, com duas
carreiras de janelas, uma acima da outra. “meu Deus, como é enorme! Tem até
janelas”. (Thomas Mantell, capitão aviador na segunda guerra mundial).
Em 1790, Liabeuf, um policial francês,
foi mandado de Paris para Alençon, a fim de esclarecer um acontecimento
estranho. Às 5 horas da manhã do dia 12 de junho, alguns camponeses observaram
um enorme globo envolto em chamas. De início pensaram ser um balão Montgolfier,
que estava ardendo no ar, no entanto; ficaram admirados com a sua enorme
velocidade e com os estranhos ruídos de assobio que ele emitia. O globo reduziu
a velocidade e caiu sore o topo de uma colina. O calor emitido pelo objeto
queimou todos os arbustos e capim. De repente, uma porta abriu-se, e dela saiu
uma pessoa com aspecto de homem, mas com trajes esquisitos, de roupa colante,
apertada. Quando aquele ser, viu o povo ali reunido, murmurou alguma coisa e
correu para o bosque. Os camponeses com medo, correram também e, logo em
seguida o globo explodiu sem provocar qualquer ruído, e seus pedaços voaram em
todas as direções, desintegrando-se numa espécie de pó.
A ideia de estabelecer contato
interestelar não é nova. Já na antiguidade, Tales de Mileto, que viveu entre
636 e 546 a. C, achava que as estrelas poderiam ser mundos de civilizações
distantes. Seu discípulo, Anaximandro, defendeu a ideia de que existem inúmeros
mundos que aparecem e desaparecem num ciclo eterno. Plutarco estava convicto de
que a lua era uma pequena extensão da terra, com suas montanhas e vales
habitados por demônios.
Na antiguidade, Pitágoras
acreditava que a lua era viva e habitada. Seu discípulo Filolau de Crotona,
explicou que a lua era habitada por seres que eram 15 vezes maiores que os
humanos, e acertou ao afirmar que o dia lunar equivale a 15 dias terrestres. Já
Xenófanes, sustentava que a lua era habitada, e que esses homens lunares
moravam em grandes e profundos vales. No ano de 160 d. C, o grego Luciano de
Samósata, escreveu sobre a primeira viajem a lua, em uma obra chamada “história
verdadeira”. Uma tromba de água arrasta um barco até a superfície da lua.
O poeta Ariosto, em seu livro “Orlando Furioso”, assegurou que a lua era um grande vale onde se encontraria tudo aquilo que perdemos na terra: riqueza, coroas, honra e esperança. Em 1638, surge na Inglaterra o livro “o homem na lua”, causando grande sensação. Seu autor, Helouispo Francisco, envia à lua, o aventureiro espanhol Domingo Gonzales, com a ajuda de um casal de gansos adestrados. No século XVII, o astrônomo Hevelius, afirmou que a lua estava cheia de cidades. Entusiasmado com isso, Cyrano de Bergerac publica em 1648 seu célebre livro “viajem à lua”, onde pela primeira vez se fala sobre foguetes. Ele descreveu duas espaçonaves: uma impulsionada por vaporização de orvalho e a outra por um foguete de três fases. Suas histórias inspiraram Júlio Verne a escrever os seus assombrosos e fantasiosos livros de ficção científica, como o livro “da terra à lua”. Verne é considerado o pai da astronáutica.
Em
1671, Querubin de Orleans, publica um segundo mapa lunar. O primeiro foi
publicado por Hevelius. Em 1178, um pouco antes de se por o sol, um grupo de
monges da catedral de Canterbury, observaram no fio da lua, um formidável
resplendor acompanhado de gigantescas labaredas. Em 1789, o astrônomo Esroiter,
contemplou assustado uma enorme zona iluminada na chamada região dos “alpes
lunares”.
Em 1820, o astrônomo François
Arago, publicou uma assombrosa observação: durante um eclipse, uma formação de
luzes fez revoluções aéreas sobe a lua. Em 1843, o astrônomo alemão Johann
Bayer, ao observar a “cratera Linne”, na lua, notou que ela mudava regularmente
de forma; pouco depois, percebeu-se que a cratera em questão desapareceu por
completo. Em 1877, o astrônomo inglês Klein, foi testemunha de intensas e
rápidas luzes que se dirigiam ao centro da cratera denominada “Platon”. Uma vez
na cratera, as luzes se reuniram formando um triângulo.
O matemático e astrônomo C. F.
Gauss (1777-1855), propôs a implantação de um enorme triângulo retângulo, a ser
formados por estradas nas matas da Sibéria; a fim de chamar a atenção de seres
distantes. O astrônomo austríaco J. J. Von Littrow (1781-1840) preferiu zonas
de clima mais quente e sugeriu a instalação de canais que formassem um sistema
geométrico no deserto do Saara, os quais seriam iluminados de noite com
querosene. Por sua vez, o francês C. Gros, cogitou um espelho, de proporções
superdimensionais, a fim de emitir sinais com a ajuda de luz solar.
Na renascença, William
Shakespeare, escreveu em seu “Hamlet” que existem mais coisas entre os céus e a
terra do que sonha a nossa vã filosofia e também que “a necessidade faz-nos
habituar a estranhos companheiros de leito”.
O primeiro bestiário foi escrito em francês por
volta de 1121 para a rainha da Inglaterra. Num desses livros, datando do século
XIII e depositado em Westminster, Inglaterra, lê-se que os Pigmeus simbolizam a
humildade, os gigantes o orgulho, os cinocéfalos a discórdia e os homens com
beiços pendurados simbolizavam a mentira.
Santo Agostinho, no século V,
revela uma estranha informação: “quando eu era bispo de Hipona, estava indo
para a Etiópia com alguns escravos cristãos para ensinar o evangelho de Cristo,
quando vimos numerosos homens e mulheres que não tinham cabeça e cujos olhos se
encontravam no peito”.
Em autores antigos, lê-se que
na Escítia viviam os Panótios, cujas orelhas lhes cobriam o corpo. Na Líbia
viviam os Antípodas, que tinham os pés virados ao contrário, com oito dedos em
cada um. Plínio o velho, em sua ‘história natural’ escreveu: “os primeiros
antropófagos, vivem a dez dias de viajem para além do rio boristene. Esses
bebem em crânios humanos, já os Arimspares, são reconhecidos pelo único olho
que tem na testa”.
O historiador Ctésias em seu livro “histórias
do oriente” cita várias montanhas habitadas por homens com cabeça de cachorro; vestem-se
com peles de animais e uivam ao invés de falar. Armados de garra, comem aves e
quadrúpedes que caçam. São cinocéfalos, metade homem e metade cachorro; se
comunicavam por latidos, porque eram incapazes de aprender a língua humana.
O viajante Marco Polo escreveu
que visitou um reino onde havia homens que tinham rabos que mediam mais de um
palmo de comprimento. Eles moravam nas montanhas e jamais nas cidades. Duarte
Pacheco Pereira, em seu “esmeraldu de situ orbis”, escreve que existem
províncias onde seus moradores tem rostos, dentes e rabos como o de cães.
“A mais perigosa visão do mundo é a das
pessoas que jamais olharam o mundo”. (Alexander Von Humboldt. 1769-1859).
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