OLHOS POR TODA A TERRA
“Esses são os sete olhos do
senhor que percorrem por toda a terra”.
(Zacarias 4:10).
“Há alguns para quem o número
de grãos de areia é infinito. Mesmo sem considerá-lo infinito, acham que ainda
não foi definido um número que seja bastante grande. mas vou tentar lhe mostrar
números que não só superam o número da massa de areia para encher a terra, mas
também o da massa equivalente à magnitude do mundo”. (Arquimedes; cerca de 287-212 a. C).
“Que
maravilhoso e surpreendente esquema temos aqui da magnífica imensidão do
universo. Tantos sóis, tantas luas”.....(Chrystian
Huygens, novas conjecturas sobre os mundos planetários, seus habitantes e
produções; cerca de 1670).
“Quando
nasces no horizonte a leste, colores toda a terra com tua beleza, embora
longínquo teus raios estão da terra”.
(Akhenaton, hino ao sol; 1370 a. C).
“É uma lei da natureza que a
terra e todos os outros corpos permaneçam em seus devidos lugares, deles sejam
deslocados apenas por meio de violência”.
(Aristóteles, 384-322 a. C. física).
O universo pode ter
começado a 15 bilhões de anos atrás. Assim, a 7,5 bilhões de anos, o universo
tinha a metade da idade atual. Nosso sistema solar ainda não existia e não
existiria por mais 3 bilhões de anos. Toda a história da terra está contida na
segunda metade da existência do universo.
A 2,3 bilhões de
anos, as formas de vida avançadas eram procariontes: bactérias e
cianobactérias. Os eucariontes, o tipo de célula encontrada em plantas e
animais, das amebas aos seres humanos, só começaria a existir depois de 1
bilhão de anos. Assim toda a história da vida vegetal e animal estão contidas
na segunda metade da existência da terra ou no último 1/11 da história do
universo.
Os primeiros
eucariontes podem ter aparecido a 1,4 bilhões de anos. A vida multicelular
havia começado, mas seus representantes mais complexos eram vermes primitivos.
Não havia organismos suficientemente avançados para criar conchas ou outras
estruturas capazes de se transformarem em fósseis, em particular, os cordados
que só começaram a existir após 50 milhões de anos. Assim, toda a história dos
cordados, está contida na segunda metade da existência da vida multicelular ou
no último 1/68 da existência do universo. Isso a 275 milhões de anos atrás.
A vida cordada chega
a terra, e os primeiros répteis surgem nessa ocasião. Mas os mamíferos mais
simples ainda não existiam e não surgiriam por mais 55 milhões de anos. Toda
história dos mamíferos, dos mais simples monotremados, está contida na segunda
metade da existência da vida e no último 1/68 da existência do universo.
Os primeiros
mamíferos apareceram a cerca de 220 milhões de anos, de modo que tinham a
metade da idade atual, a cerca de 110 milhões de anos. Naquela época não haviam
primatas, estes só viriam a aparecer após 40 milhões de anos. Assim toda a
história dos primatas, está contida na segunda metade da existência dos mamíferos
ou no último 1/375 da história do universo.
Os primeiros primatas
apareceram a 70 milhões de anos e, portanto tinham a metade da idade atual, a
35 milhões de anos atrás. Nessa época não havia símios, estes só apareceram
após 5 milhões de anos. A história dos símios está contida na segunda metade da
existência dos primatas ou no último 1/500 da história do universo
Os primeiros símios
apareceram a 30 milhões de anos atrás. A 15 milhões de anos, tinham a metade da
idade atual. Nessa época os primeiros antropóides já existiam. A história do
australophitecus, está contida na segunda metade da existência dos símios ou no
último 1/3000 da existência do universo.
Os primeiros
australophitecus, surgem a 5 milhões de anos atrás. Os hominídeos tinham a metade
da sua idade atual a 2.5000.000 anos. Nessa época, os únicos hominídeos ainda
eram australophitecus e não havia nenhuma criatura pertencente ao gênero homo.
Este só viria a aparecer depois de 500 mil anos. A história do gênero homo,
está contida na segunda metade da existência dos hominídeos ou no último 1/7500
da existência do universo.
O gênero homo
apareceu a cerca de 2 milhões de anos. Nessa época não havia nenhuma forma de
homo sapiens, que só viria a aparecer após 700 mil anos. Toda história do homo
sapiens, está contida na segunda metade da existência do gênero homo ou no último
1/50.000 da existência do universo. O homo sapiens aparece há 300 mil anos. Sua
história está contida no último 1/3000 da existência do universo.
O homem moderno
apareceu a cerca de 50 mil anos atrás e tinha a metade da idade atual há 25 mil
anos, época em que estava começando a popular a Austrália e a América. Mas a
civilização ainda não existia, pois só viria a aparecer depois de 15 mil anos.
Assim a história da civilização está contida na segunda metade da existência do
homem moderno, ou no último 1/1.500.000 da existência do universo.
A civilização começou
a cerca de 10 mil anos atrás com a invenção da agricultura e a fundação das
primeiras cidades. Assim a civilização tinha a metade da idade atual a cerca de
5 mil anos. Naquela época, a primeira grande civilização, a suméria, ainda não
existia. A escrita acabara de ser inventada, marcando o inicio da era
histórica. Assim toda a era histórica, está contida na segunda metade da existência
da civilização, ou no último 1/3.000.000 da existência do universo.
A era histórica
começou em 3 mil antes de cristo. Jesus Cristo iria nascer 500 anos depois.
Toda a era cristã, está contida na segunda metade da era histórica, ou no último
1/7.500.000 da existência do universo.
A era cristã, começou
com o nascimento de Cristo no ano 4 antes de Cristo. Em 992 depois de Cristo,
estamos na idade média. Colombo marca a era moderna com a descoberta da América.
A era moderna esta contida na segunda metade da era cristã, ou no último
1/30.000.000 da existência do universo. A era moderna, começou em 1492. Há mais
de 500 anos atrás.
Há 300 milhões de
anos, a terra era coberta por pântanos. Quando as samambaias, as cavalinhas e
os licopódios morriam, eram enterrados na lama. Eras se passaram, os resíduos
foram carregados para debaixo do solo e ali transformados por lentas etapas. Em
outros locais e outras épocas um grande número de plantas e animais
unicelulares, morreram; tombaram até o fundo do mar e foram cobertos por
sedimentos. Fervendo durante eras, seus resíduos foram convertidos por etapas
imperceptíveis, em líquidos e gases orgânicos soterrados.
A espécie humana tem
milhares de anos, levamos uma vida sedentária, baseada no cultivo da terra e na
domesticação dos animais. Apenas nos últimos 3% desse período, é no qual se
encontra registrada toda a nossa história.
Vivemos num universo
em expansão, cuja vastidão e antiguidade estão além do entendimento humano. As
galáxias que o universo contém, estão se afastando uma das outras, resquícios
de uma grande explosão: o big bang. O nosso universo tem cerca de 15 bilhões de
anos desde sua origem. Em muitos universos, a vida talvez seja impossível, pois
não há sóis nem planetas; nem mesmo elemento químicos mais complicados que o
hidrogênio e o hélio. Se outros universos realmente existem, nunca seremos
capazes de sondar seus mistérios e menos ainda visita-los.
O nosso universo é
composto de algumas centenas de bilhões de galáxias; uma das quais é a via
láctea; que é composta de gás, poeira e 400 bilhões de sóis; um deles, num
braço obscuro da espiral, é o sol, a estrela local. Acompanhando o sol em sua
viagem de 250 milhões de anos ao redor do centro da via láctea, existe um
séquito de pequenos mundos: planetas, luas, asteroides e cometas. Nós humanos,
somos uma das 50 bilhões de espécies que cresceram e evoluíram num pequeno
planeta. O terceiro a partir do sol: a terra.
A maioria dos
planetas do sistema solar giram em torno do sol no mesmo plano, como se
estivessem confinados em sulcos separados. Isaac Newton foi o primeiro a
compreender como a gravidade cria o movimento dos planetas; ficou perplexo com
a ausência de inclinações nos planos das órbitas planetárias. Deduziu que no
início do sistema solar, Deus devia ter posto todos os planetas a funcionar no
mesmo plano. Um século depois, surge uma nova teoria, a hipótese Kant-Laplace.
Em resumo ela diz o seguinte: imagine uma nuvem irregular de gás e poeira em
rotação lenta posicionada entre as estrelas; se a sua densidade é elevada, a
atração gravitacional mútua das várias partes da nuvem vai esmagar o movimento
aleatório interno e começará a se contrair; assim, ela vai girar mais rápido; o
giro não retardará o colapso da nuvem ao longo do eixo de rotação, mas,
diminuirá a contração no plano de rotação. A nuvem inicialmente irregular se
converte num disco chato; assim, os planetas que se incorporam ou se condensam a
partir desse disco, vão todos girar num mesmo plano.
Quando outras
galáxias espirais como a via láctea, foram descobertas, Kant achou que esses
eram discos pré-planetários, preditos e que a hipótese nebular da origem dos
planetas, fora confirmada. Mas, essas formas espirais se revelaram galáxias
distantes salpicadas de estrelas e não campos vizinhos para o nascimento de
estrelas e planetas.
Quando examinamos
jovens estrelas semelhantes ao sol, como o nosso sol de 5 bilhões de anos
atrás, descobrimos que mais da metade estão rodeadas por discos achatados de
poeira e gás. Em muitos casos, as partes próximas à estrela, parecem estar
esvaziadas de poeira e gás, como se planetas ali, já tivessem se formado,
engolindo a matéria interplanetária.
As estrelas estão
muito longe de nós. A mais próxima está a 1 milhão de quilômetros luz de
distância. O primeiro sistema planetário descoberto acompanha uma estrela
chamada B 1257+12, que é uma estrela de nêutron, sem rápida rotação, restos de
uma estrela outrora maior que o sol, que explodiu numa explosão de supernova. O
campo magnético dessa estrela de nêutrons capta os elétrons forçando-os a se
mover por tais caminhos, que como um farol, emitem um raio de rádio pelo espaço
interestelar. Esse raio intercepta a terra a cada 0, 00062185319388187 segundos.
Por isso a B 1257+12 é chamada de pulsar.
As cascas mortualhas
e o raro corpo morto de um camarão são rapidamente comidos em parte por outros
camarões, e em parte pelos microorganismos invisíveis que se proliferam nos
oceanos. Os camarões tiram oxigênio da água e exalam dióxido de carbono; as
algas tiram dióxido de carbono da água e exalam oxigênio. Eles respiram
mutuamente os gases que são refugos dos outros. Seus refugos sólidos, ainda passam
pelas plantas, outros animais e microorganismos. As algas podem viver muito
mais tempo sem os camarões do que os camarões sem as algas. Os camarões comem
as algas e as algas comem luz.
A vida em nosso mundo
é também energizada pela luz. A luz do sol passa pelo ar claro, é colhida pelas
plantas e lhes dá força para combinar dióxido de carbono com água e assim
formar carboidratos que constituem a dieta principal dos animais.
Com a chuva ácida, a
diminuição da camada de ozônio, poluição química, radioatividade e destruição
das florestas tropicais, estamos alterando o equilíbrio ecológico que levou 4 bilhões
de anos para evoluir sobre a terra. Os crustáceos assim como os mamíferos, são
muito mais antigos que as pessoas. As algas remontam a 3 bilhões de anos atrás,
muito antes dos animais e quase até a origem da vida sobre a terra. Na América
do Sul, respiramos oxigênio gerado na floresta tropical. A chuva ácida das
indústrias poluentes no meio-oeste norte americano, destrói florestas
canadenses. A radioatividade de um acidente nuclear na Ucrânia compromete a
cultura na lapônia. A queima de carvão na China aquece Argentina. Os
clorofiocarbonetos liberados por um ar condicionado na terra nova causam câncer
de pele na Nova Zelândia. Os pássaros sabem o que fazer para não sujar o seu
ninho. Os camarões, com cérebros do tamanho de partículas de fiapos, sabem o
que fazer. As algas e os microorganismos também. E nós sabemos o que fazer?
Em 1725, numa tentativa
de descobrir a paralaxe estelar, o astrônomo inglês James Bradley, encontrou
por acaso a aberração da luz. Observando-as por um ano, descobriu-se que as
estrelas traçavam pequenas elipses no céu. Era conforme se constatou o que
todas as estrelas faziam. Isso não era paralaxe, pois esperava-se uma grande
paralaxe para as estrelas próximas e outra indetectável para estrelas
distantes. No lugar disso, a aberração é semelhante a impressão de estarem
caindo obliquamente como gotas de chuva.
Se a terra tivesse
parada no centro do universo, em vez de estar se movendo ao redor do sol,
Bradley não teria descoberto a aberração da luz. Era uma demonstração
irrefutável de que a terra girava em torno do sol. Somente em 1837, observações
diretas das estrelas mostraram claramente, que a terra de fato gira em torno do
sol. A paralaxe anual tão longamente discutida foi por fim, descoberta, não por
melhores argumentos, mas, por melhores instrumentos.
No século 19, ainda
haviam alguns relutantes, mas, ao investigar o sistema solar, a nave Voyager I
viu, assim como Galileu e Copérnico haviam previsto, o sol no centro e os
planetas em órbitas concêntricas ao seu redor, longe de ser o centro do
universo.
No século 17, ainda
havia alguma esperança de que a terra fosse o único mundo, mesmo não sendo o
centro do universo. Porém, o telescópio de Galileu revelou que a lua, não
possui uma superfície lisa e polida, e que outros mundos poderiam ter uma
superfície parecida com a da própria terra. No século 19, a astronomia de
observação deixou claro que o sol é apenas uma estrela solitária, num grande
conjunto de sóis com gravidade própria chamada galáxia. Esta é uma dentre
bilhões de bilhões de galáxias.
A luz leva um ano
para atravessar um ano-luz; dez mil para cruzar dez mil anos-luz, e assim por
diante. Quando olhamos para o centro da galáxia na via láctea, a luz que vemos
partiu de sua fonte à 30 mil anos. A mais próxima galáxia espiral semelhante a
nossa, a M31, na constelação de Andrômeda, está a 2 milhões de anos-luz; nós a
vemos portanto, como era quando sua luz partiu em viagem para a terra; a 2 milhões
de anos atrás. Quando observamos quasares distantes, a 5 bilhões de anos-luz,
nós os vemos como eram a 5 bilhões de anos.
Muitas eras se
passaram até a terra começar a existir. A idade da terra gira em torno de 4,5
bilhões de anos e a do universo, 15 bilhões de anos. 2/3 do intervalo de tempo
entre a origem do universo e nossa época, já haviam passado quando a terra veio
a existir. Há sistemas planetários bilhões de anos mais jovens e bilhões de
anos mais velhos. A física clássica, afirmava que a velocidade da terra no espaço,
tinha um sistema de referência privilegiado. Já para Albert Einstein as leis da
natureza não eram as mesmas, fosse qual fosse a velocidade ou o sistema de referência
do observador.
Primitivamente, os
homens conheciam a posição de todas as árvores num raio de 200 quilômetros.
Comiam frutos e castanhas amadurecidas. Seguiam os rebanhos nas migrações
anuais. Quando a seca era longa, ou quando o frio se demorava, saíam em grupos
para terras desconhecidas e às vezes esses grupos se brigavam. Durante 99% do
tempo desde o aparecimento de nossa espécie, fomos caçadores e saqueadores,
errantes em Savanas e estepes. Quando o clima era adequado, ou quando os
alimentos eram abundantes, permaneciam num mesmo lugar. Nos últimos 10 mil
anos, abandonamos o nomadismo. Domesticamos as plantas e os animais. Longos
verões, invernos amenos, ricas colheitas e caça abundante. Uma hora tudo isso
acaba.
As primeiras
tecnologias não passavam de pedras toscamente talhadas que eram usadas para o
corte e a raspagem de peles. Era impossível caçar com tais instrumentos. Por
essa época, não existiam lanças, arcos, flechas ou fundas, que permitissem
caçar à distância. Os primitivos recolhiam frutos, bagas, raízes; recolhiam
também a carne de animais feridos ou mortos, ou seja, os homens primitivos eram
necrófagos.
As armas das
primeiras guerras foram os instrumentos de caça. Os 10 mil anos que se passaram
desde a invenção da agricultura, não são tempo suficiente para que certas pré-disposições
tenham evoluído ou desaparecido. Por exemplo, há 600 anos no lugar em que hoje
é a cidade do México, havia uma quadra para se jogar bola. O capitão do time
perdedor tinha o seu coração arrancado e depois era decapitado, e os crânios
dos outros capitães perdedores eram exibidos em grades. Tribos afegãs jogavam
pólo com as cabeças cortadas de antigos adversários; e a mais de 3.500 anos
atrás, na Grécia pré-clássica, os competidores olímpicos, competiam nus e sem a
presença de espectadores. Às vezes a pré-disposição à mudanças não são
inerentes à todos no mundo.
As ferramentas de pedra
são amplamente aceitas como nossa primeira invenção empregada pelos hominídeos a
2,5 milhões de anos atrás. As invenções do início do paleolítico como o domínio
do fogo, as vestimentas, lâminas de pedra talhada e lança, talvez sejam as mais
importantes da história, sem elas, é possível que a humanidade jamais passasse da
caça e da coleta para uma vida mais sedentária.
A primeira grande
civilização surgiu há 7 mil anos na mesopotâmia, onde hoje é o Iraque. Foi lá
que se criou a roda com eixo, o vidro e a irrigação. Pelos 2 mil anos
seguintes, surgiram civilizações no vale do Indu, no Egito e no vale do rio
amarelo, na China. Há 2.500 anos surge a Grécia, renomada por seus filósofos, matemáticos
e engenheiros. Atribui-se a Arquimedes, por exemplo, a criação das primeiras
máquinas: a alavanca, a polia composta e o parafuso. “Dê-me uma alavanca e
moverei o mundo”. (Arquimedes).
Nos primeiros séculos
da era comum, as inovações tecnológicas ocorreram no vale do Indu e China
antiga. Os chineses, por exemplo, inventaram a bússola, o papel a pólvora e a
impressão xilográfica. Após o declínio do império romano no século 5, grande
parte do ocidente mergulhou na chamada “Idade das trevas” (medievalismo), mas, os
chineses permaneceram estáveis e inovadores.
O império islâmico emergiu
no século 8 com estudiosos que transmitiram e acrescentaram muito ao trabalho
dos antigos pensadores gregos, que, de outra forma se perderia. Durante a
renascença européia, dos séculos 14 ao 17, o pensamento racional imperou na
sociedade. Surgem a máquina de impressão com tipos móveis, o microscópio e o telescópio.
Os séculos 17 e 18
foram o período de progresso em astronomia, biologia, física, química e matemática.
Criaram-se os termômetros, hidrômetros, bombas a vácuo, barômetros e
calculadoras mecânicas.
A revolução
industrial eclodiu na Inglaterra no século 18 com a introdução da redução de minério
de ferro a base de coque. Por muitos séculos, o ferro fora reduzido com carvão
vegetal, derivado da madeira. A demanda por ferro no século 17 foi tão intensa
que a Grã-Bretanha, foi quase completamente desmatada. Substituindo o carvão
vegetal por coque derivado do carvão mineral, o país poupou as florestas. O desafio
de bombear água das minas alagadas levou à criação do motor a vapor, este
criado por James Watt no início do século 18. O motor a vapor de alta pressão
deu origem às locomotivas ferroviárias e aos barcos movidos a vapor.
Após o iluminismo,
Charles Darwin mostrou que uma espécie pode evoluir para outra espécie por
processos inteiramente naturais. Escreveu ele em seu caderno de notas: “O homem
na sua arrogância se considera uma grande obra, digna da intervenção de uma divindade.
É mais humilde, penso, que ele foi criado a partir de animais”.
A noção de que a
terra era autoconsciente, era uma convicção dos gregos, romanos e primeiros
cristãos. O filósofo Orígenes, por exemplo, queria saber se a terra, por sua própria
natureza, seria responsável por algum pecado. Santo Ambrósio (o mentor de Santo
Agostinho) e Santo Tomás de Aquino pensavam que as estrelas eram seres vivos. A
posição filosófica estóica sobre a natureza do sol, foi dada por Cícero no século
1 a. C: “Como o sol se parece com aqueles fogos que estão contidos nos corpos
das criaturas vivas, o sol também deve ser vivo”.
No ocidente, o céu
era plácido e macio, já no oriente nem tanto. Em muitas histórias e culturas,
os reinos são governados por deuses bons ou por deuses maléficos. “O que um
homem deseja, ele também imagina ser verdade”, disse Demóstenes. “a luz da fé
faz com vejamos aquilo em que acreditamos”, afirmou Tomás de Aquino. George Bernard
Shaw, no prefácio de seu drama “St. Joan”, escreveu: “Na idade média, as
pessoas acreditavam que a terra era achatada, e para isso tinham, pelo menos, a
evidência de seus sentidos. Nós acreditamos que ela é redonda, e não porque 1%
da humanidade poderia dar a razão física para uma opinião tão bizarra, mas, porque
a ciência moderna nos convenceu de que o óbvio não é verdadeiro, e o mágico, o
gigantesco, o desumano ou o extravagante é cientifico”. No livro “Cândido”,
escrito por Voltaire, o Dr. Pangloss, achava que este mundo com todas as suas
imperfeições era o melhor possível.
Prefiro acreditar no
que disse o poeta grego Crísipo que escreveu: “Seria um caso insano de arrogância,
um ser humano vivo pensar que nada lhe é superior em todo o mundo”.