sexta-feira, 9 de novembro de 2012

ANIMAIS DE GRANDE E PEQUENO PORTE


ANIMAIS DE GRANDE E PEQUENO PORTE
Os seres humanos constituem uma espécie orgânica particular, e o destino comum a todas as espécies é a extinção. Pelo menos 90% de todas as espécies que já viveram, se extinguiram. Em todo o mundo, na competição pela vida, num mesmo ambiente, os mamíferos placentários venceram e substituíram os menos evoluídos marsupiais monotremos. Só a Austrália conta com uma variedade prolífera de marsupiais e um par de monotremos, porque se separou da Ásia antes de os animais placentários, evoluírem.
No fim do período permiano, a 225 milhões de anos atrás, aproximadamente 75% das famílias de anfíbios e 80% das famílias dos répteis foram extintas. A época mais conhecida nesses termos foi a do final do período cretáceo, a aproximadamente 65 milhões de anos. Naquele tempo, os dinossauros desapareceram totalmente, após haverem proliferado 150 milhões de anos. O mesmo aconteceu com os ictiossauros, os plesiossauros e os pterossauros voadores.
Dentre os invertebrados, os amonites que formavam um grupo grande também se extinguiram; 75% de animais existentes na época sucumbiram; uma das explicações pode ser o fato de os mares rasos, uma vez ou outra, invadirem os continentes e depois recuarem. A invasão ocorre quando a massa de gelo em solos polares é pequena. O recuo pode ocorrer no período de formação montanhosa, quando a altitude média dos continentes aumenta.
Os mares rasos oferecem ambiente propício para várias espécies de animais marítimos, os quais por sua vez, oferecem uma provisão de alimento constante e abundante para os animais que vivem nas regiões litorâneas. Quando os mares recuam, tanto os animais marítimos quanto aqueles que se alimentam deles, acabam morrendo. Em cinco dos sete casos de morte em massa, ocorridos nos últimos 250 milhões de anos, o motivo parece ter sido o recuo marítimo.
Conhecem-se cerca de 350 mil diferentes espécies vegetais e talvez 900 mil espécies distintas de animais. Podem haver de 1 a 2 milhões de espécies ainda não descobertas.
Nos primórdios da história, os hominídeos tinham por abrigo apenas sua própria pele e por armas, os diferentes membros de seu corpo, não rivais à altura dos grandes predadores e herbívoros. Os primeiros homens conseguiram comida no mundo vegetal. Ocasionalmente, levados pela fome, se alimentaram, além de frutos, também de animais pequenos. Com o tempo, aprenderam a fazer machados de pedra e lanças com ponta de pedra. O machado de pedra era melhor que um casco e a lança melhor que uma presa ou garra. A situação começava a mudar.
Com o aparecimento do homo sapiens e o início de suas caçadas em bando, ele pôde abater animais de grande porte. Na última era glacial, os seres humanos eram bastante hábeis na caça aos mamutes.
Na mitologia, os polvos e as lulas inspiraram as histórias de Hydra, que tinha nove cabeças e foi morta por Hércules. Ou de Cila, com múltiplas cabeças e para quem Odisseu perdeu seis homens; ou da Medusa, com seu cabelo de cobras vivas, que transformava em pedra aqueles que a olhassem. O que todos têm em comum, é que não passam de mitologia, como o polífemo, o ciclope de um olho só, citado na Odisséia de Homero, ou os gigantes dos contos folclóricos ingleses.
Os mamíferos menores têm menos energia a ser usada, é mais fácil de ser eliminado e é menos eficiente no revide, pelo contrário, eles fogem e por serem pequenos se escondem em qualquer greta. Um mamífero pequeno, não significa nada sozinho. Organismos pequenos tendem a viver menos que os grandes; viver menos tempo de vida, significa chegar a maturidade sexual e procriar mais cedo. Nos mamíferos pequenos, a gestação é mais curta e a prole é mais numerosa do que nos mamíferos grandes.
Um ser humano não amadurece sexualmente antes dos treze ou catorze anos e a gestação dura nove meses. Se um casal humano tivesse 10 filhos e se todos esses se casassem e tivessem cada um 10 filhos, os quais por sua vez se casassem e tivessem 10 filhos, então, em três gerações, o número total de descendentes do casal original, seria de 1.110.
Um rato norueguês por outro lado, alcança a maturidade sexual entre a 8ª e a 12ª semana de vida. Ele pode se reproduzir de 3 a 5 vezes por ano, tendo de 4 a 12 filhotes. Esse rato vive apenas três anos; durante esse período, ele produz facilmente 60 filhotes. Se cada um desses produzisse outros 60, e, cada um destes novos filhotes, então em três gerações, 219.660 ratos teriam sido criados em nove anos. Se esses ratos continuassem a se multiplicar normalmente durante o prazo médio de vida humana (70 anos), o número total de ratos somente na ultima geração, seria de 5.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000. Os quais pesariam quase que um quatrilhão de vezes o peso da terra.
Os insetos têm vida tão curta e são tão fecundos que seu grau de evolução é assombroso. Existem agora, 700 mil espécies de insetos conhecidas. A cada ano descobrem-se de 6 a 7 mil novas espécies de insetos e é provável que existam pelo menos três milhões de espécies ao todo. Quanto ao número de insetos, é inacreditável: num único acre de solo úmido, pode haver até quatro milhões de insetos de espécies variadas. Pode haver um bilhão de bilhões de insetos vivendo no mundo agora; são cerca de 250 milhões deles para cada homem, mulher e criança vivos. O peso total de insetos vivos no planeta é superior ao peso total de todos os outros animais vivos, juntos.
Três mil espécies de insetos são inofensivas para o homem, mas, são estorvos como: Cupins, gorgulhos, vespas, moscas, besouros e baratas. Na índia, por exemplo, existe um inseto chamado “bicho do algodão vermelho”, que vive na planta de algodão. Anualmente, toda a plantação de algodão é destruída por ele.
Em 1877, compostos de cobre, chumbo e arsênio, tornaram-se o método de combate a insetos. Um veneno de insetos largamente usado era o “verde-paris”, que é um acetoarsenito de cobre. Funcionava sem afetar as plantas; estas se alimentavam de materiais inorgânicos do árido solo, e eram fortalecidas por energia solar. Vestígios de cristais minerais em suas folhas não atrapalhavam.
A chuva tende a remover parte dos minerais e depositá-los no solo; pouco a pouco, o solo acumula cobre e arsênio, que acabam alcançando as raízes das plantas, afetando adversamente o solo.
O cérebro humano tem uma massa média de 1,45 quilos, é praticamente o maior que já existiu. Somente mamíferos gigantes como elefantes e baleias são exceções nesse aspecto. O maior cérebro de elefante pode ter uma massa de até 6 quilos, um pouco mais que quatro vezes a de um cérebro humano. O maior cérebro de baleia já encontrado, pesava cerca de 9 quilos; mais de seis vezes o peso de um cérebro humano.
Esses grandes cérebros têm um grande corpo para controlar. O maior cérebro de elefante pode ter quatro vezes o tamanho do cérebro humano, mas, seu corpo é 100 vezes maior em massa que o humano. Cada quilo de cérebro de elefante precisa comandar 1.200 quilos de corpo de elefante. Nas baleias maiores, cada quilo de cérebro precisa coordenar 100 mil quilos de corpo de baleia.
Em alguns macacos pequenos e alguns beija-flores, cada grama de cérebro maneja somente 17, 5 gramas de corpo. Um cérebro grande requer um corpo grande. Alguns golfinhos e botos não pesam mais que os seres humanos e, no entanto, têm cérebros maiores que o cérebro humano. O cérebro do golfinho pode chegar a 1,7 quilo; 1/6 maior que o cérebro humano; e é também mais espiralado.
Existem algumas árvores que podem viver 5 mil anos; alguns animais de sangue frio vivem até 200 anos; alguns animais de sangue quente vivem até 100 anos; mas, para cada indivíduo multicelular, a morte chega como o fim.
Muito mais perigosa que o efeito de pragas de pequenos organismos sobre os seres humanos, seus alimentos e posses, é a sua tendência de difundir doenças infecciosas. Em 431 a. C, Atenas e seus aliados foram à guerra contra Esparta. Essa foi uma guerra que durou 27 anos e que arruinou Atenas e, em grande parte, toda a Grécia. Como Esparta dominava a terra, a população ateniense inteira se comprimiu na cidade murada da Atenas. Lá o povo estava seguro e se abastecia por via marítima, pois o mar era controlado pela marinha ateniense. Atenas poderia muito bem ter vencido a guerra se não fosse a doença. Em 430 a. C, uma peste infecciosa assolou a população ateniense enclausurada e matou 20% dela, inclusive seu grande líder, Péricles.
Em 1904, as castanheiras do jardim zoológico de Nova York, adquiriram a “ferrugem das castanheiras” e em duas décadas, todas as castanheiras dos Estados Unidos e Canadá estavam perdidas.
Às vezes os seres humanos, podem fazer uso de doenças animais como uma forma de pesticida. O coelho foi introduzido na Austrália em 1859 e, na ausência de inimigos naturais, multiplicou-se rapidamente. Em 50 anos ele tinha se espalhado em cada parte do continente e nada do que os homens fizessem detinha o seu crescimento. Então na década de 50, introduziu-se uma doença de coelhos chamada “mixomatose infecciosa”, que era endêmica entre os coelhos na América do Sul. Contagiosa e infecciosa para os coelhos australianos, estes imediatamente estavam morrendo aos milhões; tanto que hoje em dia a população de coelhos na Austrália esta bem abaixo.
Em 1872, uma epidemia atacou os cavalos dos estados unidos. Ninguém na época percebeu que ela foi disseminada por pernilongos e antes de ela desaparecer, um quarto de todos os cavalos estavam mortos.
A “ferrugem tardia” destruiu a plantação de batatas na Irlanda em 1845 e 1/3 da população da ilha morreu de fome ou emigrou. No que diz respeito a esse assunto, em 1846, a mesma enfermidade, destruiu metade da plantação de tomates no leste dos Estados Unidos.
As pestes começavam no leste e sudeste asiático, onde a população era a mais concentrada do mundo e se espalhavam rumo a oeste. Em 166 d. C, quando o império romano estava em seu apogeu sob o imperador Marco Aurélio, os exércitos romanos que lutavam nas fronteiras orientais da Ásia menor, começaram a sofrer de uma doença epidêmica: varíola. Trouxeram-na consigo quando de sua volta para Roma.
Duas mil pessoas morriam em Roma a cada dia. Mesmo após as províncias ocidentais do império terem sido assoladas pelas invasões de tribos germânicas e a própria Roma ter sido arrasada, a metade oriental do império romano continuou a existir com sua capital em Constantinopla.
Em 541, a peste bubônica atacou. Era uma enfermidade que atingia ratos, mas, que podia ser transmitida ao homem por pulgas, que picavam um rato doente e depois um ser humano saudável. Durante dois anos a peste reinou, matando a metade da população de Constantinopla que estava sob o imperador Justiniano I, que chegou ao trono em 527. A África, a Itália e partes da Espanha, foram retomadas e por certo tempo, tinha-se a impressão de que o império seria reconstituído.
A pior das epidemias, da história da espécie humana ocorreu no século 14. Por volta de 1.330, uma nova variedade da peste bubônica apareceu na Ásia Central, se alastrou pela península da Criméia e costa centro-norte daquele mar. Havia um porto chamado kaffa, onde a cidade italiana de Gênova estabelecera um entreposto comercial. Em outubro de 1347, um navio genovês por pouco não fazia viagem de volta de Kaffa a Gênova: seus homens a bordo, aos poucos, morriam de peste negra. Os poucos homens a bordo que não tinham morrido da peste, estavam morrendo. Eles foram desembarcados, trazendo para a Europa a peste, que rapidamente se propagou. O paciente morria dentro de um a três dias. Estima-se que 25 milhões de pessoas morreram só na Europa, e 60 milhões morreram no mundo todo; 1/3 de toda a população mundial.
Cidades inteiras foram devastadas; os poucos sobreviventes fugiam, espalhando a doença. Fazendas foram abandonadas, animais domésticos vagavam à solta; nações inteiras como Aragão, foram dizimadas.
As bebidas alcoólicas já tinham surgido na Itália em 1.100. A teoria era a de que beber muito, agia como um preventivo contra o contágio. Não agia. O alcoolismo se instalou na Europa. O rum, que era uma bebida muito apreciada por piratas, popularizou a prostituição na Inglaterra em idos de 1700; as prostitutas vendiam o seu corpo por uma pequena dose de rum; assim, o contágio com sífilis era cada vez maior. Quem não tinha dinheiro para comprar rum, embebia um pano na bebida de alguém e o torcia na boca, num anseio incontrolável de beber. Desde então, houve grandes epidemias, embora nenhuma se comparasse a peste negra em destruição. Em 1664 e 1665, a peste bubônica atingiu Londres e vitimou 75 mil almas.
A Europa foi assolada por epidemias de cólera fatal em 1831, 1848 e 1853. A febre amarela, doença tropical, era transmitida pelos marinheiros para portos mais ao norte, e periodicamente cidades americanas eram dizimadas por ela. Já a gripe espanhola que assolou o mundo em 1918, matou 30 milhões de pessoas. Só para comparar, a primeira guerra mundial, antes de 1918, matou 8 milhões de pessoas.

Um comentário: