quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

CRIACIONISMO


CRIACIONISMO

“Somos irmãos das rochas e primos das nuvens”. (Robert Jastrow).

“O homem reconciliando-se com a fé que se lhe esmorecia, sente-se ajoelhado ao céu no fundo misterioso de si mesmo”. (Ruy Barbosa).

“Se Deus não existe, tudo é permitido”. (Ivan, personagem de Dostoiévsky).

Quanto tempo seria necessário para que um macaco, a bater irracionalmente nas teclas de um computador, formasse as palavras de Gênesis 1.1: “no princípio criou Deus os céus e a terra”?

 Imagine uma pedra tão grande que, se estivesse onde a terra está localizada, sua superfície tocaria a estrela mais próxima. A estrela mais próxima está tão longe que sua luz precisa de quatro anos para chegar aqui, viajando a 300 mil km/s. Se um pássaro viesse uma vez a cada milhão de anos e removesse o equivalente ao mais fino grão de areia, quatro dessas pedras seriam desgastadas antes que o campeão dos super-símios (no caso, o macaco), conseguisse digitar Gênesis 1.1. (Bolton Davidheiser, Evolution and Christian Faith).

Sir Fred Hoyle (nature, vol. 294, 12 de novembro de 1981), afirmou que a probabilidade de a vida ter evoluído de matéria morta e parada é comparável a probabilidade de um tornado, ao varrer um depósito de sucata, pudesse montar um Boeing 747 com o material ali encontrado. Essa teoria Hoyle chamou de “mentalidade de entulho”.

As discordâncias entre a ciência (apesar de eu não acreditar que há diferenças, pois ciência e escrituras bem interpretadas não causam erros) e as escrituras, começam logo com o primeiro livro de Gênesis que posiciona a criação de todos os tipos básicos de plantas terrestres, incluindo árvores frutíferas no terceiro dia, dois dias antes da criação das criaturas marinhas, ao passo que os geólogos evolucionistas insistem que as criaturas marinhas vieram a existir milhões de anos antes das árvores frutíferas.

Gênesis diz que Deus fez o sol, a lua e as estrelas no quarto dia, depois da criação das plantas; enquanto que os evolucionistas dizem que o sol existia antes da terra ser formada.

Gênesis declara que os pássaros foram criados no quinto dia, junto com os peixes, mas, na cronologia evolucionista os pássaros vêm depois dos répteis (esses foram criados no sexto dia).

Gênesis posiciona a criação dos insetos no sexto dia (“[...] que rastejam pela terra”), três dias depois que plantas que produzem flores foram criadas. Isto seria impossível se estes dias fossem eras, pois, a polinização requer insetos.

Stephen J. Gould, finado paleontólogo de Harvard, considerava o dedo polegar do urso panda gigante um exemplo de “designer pobre”. Gould, descreveu o polegar do panda (que não é como o polegar humano, mas uma saliência do osso do punho, isto é, do osso radial sesamóide), como um “arranjo improvisado”, uma solução desajeitada, mas funcional.

John Woodmorappe, respondeu a essa interpretação evolucionista dizendo:

“Gould, vê o polegar do panda como um arranjo de improviso, porque é apenas um osso do punho modificado. Diríamos que um pegador de macarrão é uma modificação tipo “arranjo improvisado” de uma tesoura, seria o homem um projetista descuidado só por causa de duas ferramentas que são variações do mesmo princípio? (força aplicada através de alavancas), tão pouco seria impróprio que um projetista inteligente usasse um osso de punho modificado para servir à função de segurar canas de bambu. Porque um projetista inteligente iria criar um órgão muito elaborado apenas para o uso de segurar bambus”?

George B. Shaller, no livro Os Pandas Gigantes de Wolong, escreveu: “o panda consegue manusear varas de bambu com muita precisão, segurando-as como se utilizasse um fórceps, usando a abertura sem pelos entre o primeiro dedo e o pseudo-polegar”.

As baleias, bem como todas as criaturas marinhas, aparecem no quinto dia da criação, precedendo os mamíferos terrestres. O Deus da criação, deu origem a esses animais das profundezas sem a ajuda de vastos períodos de tempo ou formas similares previamente existentes.

Os evolucionistas não conseguem explicar como animais tão bem estruturados evoluíram até a presente forma. Cito apenas três exemplos dentre muitos:

1.   A baleia fêmea dá à luz seus filhotes debaixo da água e os amamenta debaixo da água. O filhote tem o seu conduto respiratório prolongado para além da garganta, a fim de impedir que o leite ejetado entre em seus pulmões. Além disso, seu focinho é especialmente moldado para encaixar-se no receptáculo do corpo de sua mãe evitando assim, que, o bebê baleia receba água do mar junto com o leite materno.

 

2.   O olho da baleia difere dos olhos dos mamíferos terrestres por ter o globo ocular imóvel, pálpebras sem cílios, nenhum tarso nas pálpebras, o eixo ocular voltado para baixo, uma lente mais esférica e membrana esclerótica espessa.

 

3.    O ouvido cetáceo opera na água e consegue resistir a altas pressões quando o animal está nas profundezas.

Será que tais órgãos poderiam ter evoluído por mutações aleatórias e seleção natural? Michael Pitman escreveu: “evidências da evolução, seja das baleias dentadas ou desdentadas não existem”.

A teoria da evolução está atrapalhada com a existência de mamíferos aquáticos, tais como as baleias, pois se vê forçada a concluir que esses monstros das profundezas evoluíram a partir de mamíferos terrestres de quatro membros semelhantes a porcos, os quais, por sua vez, evoluíram de répteis e peixes. Essa teoria não é apenas completamente infundada em termos de evidências genéticas e paleontológicas, como também é absurda em termos de lógica.

Francis Crick, ganhador do premio Nobel, embora ateu, obteve um “momento de verdade” quando confessou:

Um homem honesto, armado de todo o conhecimento disponível atualmente, só poderia declarar que a origem da vida parece ser quase um milagre, pois tantas são as condições que teriam de ter sido satisfeitas para que ela se iniciasse.

 

Num importante trabalho de Malcolm Dixon e Edwin Webb intitulado Enzimas, os autores demonstraram que, devido ao fato de que as enzimas só podem ser formadas por outras enzimas, não se conhece nenhum modo pelo qual a vida sequer pudesse ter começado. George Gaylord Simpson escreveu:

Se a taxa de mutação fosse de 0,00001 (1 em 100 mil) e se a ocorrência de cada mutação dobrasse a possibilidade de outra mutação ocorrer na mesma célula, a probabilidade de que 5 mutações simultâneas ocorressem em qualquer um indivíduo seria de 1 x 10-22, ou seja, se a população fosse de 100 milhões de indivíduos e se uma geração média durasse apenas 1 dia, um evento como o do aparecimento de 5 mutações simultâneas em um único indivíduo seria esperado uma vez a cada 274 bilhões de anos.

E o que dizer sobre os insetos? “estamos no escuro em relação à origem dos insetos”. (Pierre Grassé. Editor do Traite de Zoologie em 35 volumes).

E o ouvido humano? Só o órgão de corti, que é uma crista de células em espiral, com 3 milímetros de diâmetro no ouvido interno, contêm 20 mil pontos sensíveis e mais de 30 mil terminais nervosos.

Pergunta: como poderia funcionar o ouvido se todas as suas partes separadas tivessem de reunir-se ao acaso através de milhões de anos?

Darwin chegou a escrever para o seu amigo botânico Asa Gray, em fevereiro de 1860, “até hoje o olho me faz estremecer”.

“O ouvido que ouve e o olho que vê, o senhor os fez assim; um como o outro”. (provérbios 20.12).

A maioria dos evolucionistas, seguindo os ultrapassados pontos de vista neo-darwinistas de Ernst Mayr, Theodosius Dobzhansky, Julian Huxley e George Simpson, insistem que as aves evoluíram dos répteis através do acúmulo de adaptações graduais. Mas, como isso aconteceu?

 Deveríamos supor que uns poucos répteis começaram a desenvolver apêndices nos flancos de seus corpos e que esses apêndices cresceram em tamanho e complexidade por milhões de anos, até finalmente “voarem”. Mesmo admitindo tal disparate (pois é absurdo segundo as leis genéticas de Mendel), como poderiam tais criaturas terem sobrevivido na luta pela existência? A seleção natural tê-las-ia eliminado antes de voarem; também o padrão de instintos do animal teria que mudar para que ele pudesse se desprender do solo.

A resposta para tudo isso foi dada por Richard Goldschimidt e Stephen J. Gould, que criaram os “macro-saltos-catastróficos”, envolvendo eclosões maciças de radiação cósmica que de alguma maneira produziram monstros geneticamente promissores; tudo ao mesmo tempo e por mero acaso. Gould chamou essa teoria de equilíbrio pontuado, uma verdadeira monstruosidade em termos de ciência-genética.

Os evolucionistas também experimentam um fracasso total para demonstrar como a vida inicial pôde desenvolver-se a partir de elementos químicos inertes.

Ou seja, Para o evolucionismo você não passa de um protoplasma jogado ao vento na beira da praia sem direção alguma; uma gratuita ofensa à inteligência humana.

As diferenças físicas entre homens e macacos são discrepantes:

1.   O nariz humano tem um canal e uma ponta alongada que os macacos não têm.

2.   O homem tem lábios vermelhos, formados por um desdobramento da membrana mucosa que recobre o interior de sua boca; os macacos não têm isso.

3.   Os macacos têm polegares tanto nos pés quanto nas mãos.

4.   A cabeça do homem está equilibrada no alto de sua coluna vertebral; já a cabeça do macaco está ligada à parte anterior de sua espinha e não sobre ela.

Mais de 150 anos de cuidadosas buscas por formas transitivas entre macaco e homem tem fracassado, mas, se os homens vêm evoluindo de animais a milhões de anos, onde estão todos os seres humanos que deveriam estar aqui agora? Ou, onde estão os seus restos mortais?

Se a população mundial aumentasse 1/2% ao ano por 1 milhão de anos ou se o tamanho familiar fosse de 2,5 filhos por família durante 25 mil gerações, o número de pessoas na presente geração excederia 102.100, um número impossível já que somente 10130 elétrons podem ser comprimidos em todo o universo conhecido.

O conceito de homem macaco é errado tanto do ponto de vista bíblico quanto do cientifico. Nunca houve um homem macaco, mas já houve o homem das cavernas, e isso não quer dizer um homem antigo ou estúpido.

Quatro mil anos atrás, Jó descreveu pessoas que habitavam as regiões setentrionais da Arábia:

“Roem os lugares secos, desde muito em ruínas e desolados; comem folhas de arbustos e zimbro. Habitam nos desfiladeiros sombrios; nas cavernas da terra e das rochas”.

Davi foi forçado com centenas de seus seguidores a viver em cavernas do sul da palestina, enquanto o rei Saul procurava destruí-lo. (1 Samuel 22.24). Foi enquanto era esse “homem das cavernas” que Davi compôs os Salmos 57 e 142. Por incrível que pareça o próprio filho de Deus por meio de quem o universo foi criado (João 1), foi rejeitado pela sua própria nação e disse: “as raposas têm seus covis, mas, o filho do homem não tem onde reclinar a cabeça”. (Mateus 8.20). Chegará um tempo em que a maioria dos seres humanos será reduzida a uma existência de homens das cavernas.

“Os reis da terra, os comandantes, os ricos, os poderosos, todo escravo e todo livre se esconderão nas cavernas e nos penhascos dos montes”. (Apocalipse 6.15-17 e Isaías 2.19-22).

A bíblia declara que Deus criou todas as coisas de forma sobrenatural. O universo veio à existência de modo diferente de qualquer coisa que se possa observar hoje em dia. A criação genuína não mais acontece, conforme a bíblia diz em Gênesis 2.1-3. A obra divina da preservação mantém o universo em existência conforme Hebreus 1.3; e a obra da providência dirige o universo rumo a alvos gloriosos, conforme Colossenses 1.20.

Quando Deus criou os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, ele os fez sem usar qualquer material pré-existente; em dado momento não havia substância física alguma, no momento seguinte passaram a existir os céus e a terra. Isso é chamado de Creatio ex Nihilo (criação do nada).

Só Deus pode nos dizer como o mundo começou, pois nenhum homem lá estava para presenciar a criação; e mesmo se algum humano estivesse presente não compreenderia plenamente.

“[...] onde estavas tu quando eu lançava os fundamentos da terra? Dize-me se tens entendimento”. (Jó 38).

Nossa dificuldade para entender o processo da criação vem do fato de sermos seres finitos, ou seja, pecadores por natureza. “o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente”. (1 Coríntios 2.14).

Quando Deus disse “haja luz” e houve luz, num dado instante não havia luz nenhuma no universo e no instante seguinte a luz existiu. “porque Deus disse: de trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nossos corações para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo”. (2 Coríntios 4.6); e Deus pode também ressuscitar de súbito os fisicamente mortos, porque ele é o Deus que “chama à existência as coisas que não existem”. (Romanos 4.17).

No primeiro capítulo de Gênesis pode-se ler sobre uma distinção entre primeiro céu, acima do qual as águas foram elevadas (versos 7-8, 20) e o segundo céu, em que foram postos os grandes luminares (versos 14-17). O terceiro céu estava populado com seres angelicais conforme se lê em Daniel 7.10 e apocalipse 5.11. Esses seres angelicais foram criados no inicio do primeiro dia da criação, pois Jó 38.6-7 fala do seu cântico de alegria pela criação da terra.

O segundo céu é o espaço sideral; na criação estava vazio e escuro, pois sol, lua e estrelas não foram criadas até o quarto dia e Deus não havia pronunciado a palavra que criaria a fonte luminosa que iria fazer separação entre luz e trevas.

O primeiro céu é a camada atmosférica; não possuía nuvens nem vapores, pois as águas ainda não haviam sido levantadas acima da expansão ou firmamento, sob a forma de uma vasta camada térmica invisível de vapor, que deve ter existido até o dilúvio. Não havia nuvens e nem chuva.

O terceiro céu foi um lugar de esplêndida glória ao qual Paulo foi transportado bem cedo em sua experiência cristã conforme se lê em 2 coríntios 12.1-4.

A terra quando foi criada já estava em rotação sobre seu eixo porque em referencia à fonte de luz localizada criada no primeiro dia (Gênesis 1.3), ela passou por três ciclos de dia e noite. Sua crosta era fria, pois estava coberta de água em estado líquido.

A crosta também não apresentava continentes, montanhas ou bacias oceânicas; estes só foram formados no terceiro dia. Também não tinha estratos sedimentares ou fósseis, pois estes foram os efeitos do grande dilúvio.

Deus poderia ter enchido a terra de seres viventes no primeiro dia; mas, êxodo 20.11, sugere que ele fez em seis dias, a fim de prover um padrão para a semana de trabalho em Israel.

Bertrand Russel, um falecido cético bem conhecido, em seu livro “Why I Am Not a Christian” (“Porque não sou Cristão”). Ele disse que quando era criança, Deus lhe era apresentado como a resposta para várias perguntas que ele fazia sobre a existência. Certa feita mergulhado em seus pensamentos perguntou: “bem, e quem criou Deus”? “quando não apareceu resposta nenhuma”, disse ele, “minha fé desabou”.

Por definição Deus é o criador, o começo; ele é eterno e não tem início. Se Deus fosse um ser criado, ele não seria uma causa, mas um efeito, não podendo assim, ser Deus!

Nesse sentido Hugh Ross escreveu: “um Deus eterno está além do tempo, mas, pode ser conhecido”.

Herbert Spencer a mais de um século, observou que nunca se viu um pássaro voar para fora do espaço. Ele concluiu que é impossível o finito penetrar no infinito; para ele, mesmo que Deus existisse, nós nunca poderíamos conhecê-lo pessoalmente e nem perceber a sua existência.

Spencer acertou ao falar que os pássaros nunca voaram para fora do espaço. Mas, se esqueceu de outra possibilidade: o que é infinito pode entrar no que é finito. E foi isso que Deus fez!

Deus tomou a iniciativa ao longo da história de comunicar-se com o homem; sua revelação mais completa foi através de Jesus Cristo. Se eu quisesse comunicar o meu amor a uma colônia de formigas, qual seria a maneira mais eficiente de fazer isso? Seria tornando-me uma formiga. Nós somos, como disse J. B. Phillips, o planeta escolhido!

 

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