sábado, 17 de novembro de 2012

OLHOS POR TODA A TERRA


OLHOS POR TODA A TERRA


 
 
 
 

“Esses são os sete olhos do senhor que percorrem por toda a terra”. (Zacarias 4:10).

“Há alguns para quem o número de grãos de areia é infinito. Mesmo sem considerá-lo infinito, acham que ainda não foi definido um número que seja bastante grande. mas vou tentar lhe mostrar números que não só superam o número da massa de areia para encher a terra, mas também o da massa equivalente à magnitude do mundo”. (Arquimedes; cerca de 287-212 a. C).

Que maravilhoso e surpreendente esquema temos aqui da magnífica imensidão do universo. Tantos sóis, tantas luas”.....(Chrystian Huygens, novas conjecturas sobre os mundos planetários, seus habitantes e produções; cerca de 1670).

Quando nasces no horizonte a leste, colores toda a terra com tua beleza, embora longínquo teus raios estão da terra”. (Akhenaton, hino ao sol; 1370 a. C).

“É uma lei da natureza que a terra e todos os outros corpos permaneçam em seus devidos lugares, deles sejam deslocados apenas por meio de violência”. (Aristóteles, 384-322 a. C. física).

O universo pode ter começado a 15 bilhões de anos atrás. Assim, a 7,5 bilhões de anos, o universo tinha a metade da idade atual. Nosso sistema solar ainda não existia e não existiria por mais 3 bilhões de anos. Toda a história da terra está contida na segunda metade da existência do universo.

A 2,3 bilhões de anos, as formas de vida avançadas eram procariontes: bactérias e cianobactérias. Os eucariontes, o tipo de célula encontrada em plantas e animais, das amebas aos seres humanos, só começaria a existir depois de 1 bilhão de anos. Assim toda a história da vida vegetal e animal estão contidas na segunda metade da existência da terra ou no último 1/11 da história do universo.

Os primeiros eucariontes podem ter aparecido a 1,4 bilhões de anos. A vida multicelular havia começado, mas seus representantes mais complexos eram vermes primitivos. Não havia organismos suficientemente avançados para criar conchas ou outras estruturas capazes de se transformarem em fósseis, em particular, os cordados que só começaram a existir após 50 milhões de anos. Assim, toda a história dos cordados, está contida na segunda metade da existência da vida multicelular ou no último 1/68 da existência do universo. Isso a 275 milhões de anos atrás.

A vida cordada chega a terra, e os primeiros répteis surgem nessa ocasião. Mas os mamíferos mais simples ainda não existiam e não surgiriam por mais 55 milhões de anos. Toda história dos mamíferos, dos mais simples monotremados, está contida na segunda metade da existência da vida e no último 1/68 da existência do universo.

Os primeiros mamíferos apareceram a cerca de 220 milhões de anos, de modo que tinham a metade da idade atual, a cerca de 110 milhões de anos. Naquela época não haviam primatas, estes só viriam a aparecer após 40 milhões de anos. Assim toda a história dos primatas, está contida na segunda metade da existência dos mamíferos ou no último 1/375 da história do universo.

Os primeiros primatas apareceram a 70 milhões de anos e, portanto tinham a metade da idade atual, a 35 milhões de anos atrás. Nessa época não havia símios, estes só apareceram após 5 milhões de anos. A história dos símios está contida na segunda metade da existência dos primatas ou no último 1/500 da história do universo

Os primeiros símios apareceram a 30 milhões de anos atrás. A 15 milhões de anos, tinham a metade da idade atual. Nessa época os primeiros antropóides já existiam. A história do australophitecus, está contida na segunda metade da existência dos símios ou no último 1/3000 da existência do universo.

Os primeiros australophitecus, surgem a 5 milhões de anos atrás. Os hominídeos tinham a metade da sua idade atual a 2.5000.000 anos. Nessa época, os únicos hominídeos ainda eram australophitecus e não havia nenhuma criatura pertencente ao gênero homo. Este só viria a aparecer depois de 500 mil anos. A história do gênero homo, está contida na segunda metade da existência dos hominídeos ou no último 1/7500 da existência do universo.

O gênero homo apareceu a cerca de 2 milhões de anos. Nessa época não havia nenhuma forma de homo sapiens, que só viria a aparecer após 700 mil anos. Toda história do homo sapiens, está contida na segunda metade da existência do gênero homo ou no último 1/50.000 da existência do universo. O homo sapiens aparece há 300 mil anos. Sua história está contida no último 1/3000 da existência do universo.

O homem moderno apareceu a cerca de 50 mil anos atrás e tinha a metade da idade atual há 25 mil anos, época em que estava começando a popular a Austrália e a América. Mas a civilização ainda não existia, pois só viria a aparecer depois de 15 mil anos. Assim a história da civilização está contida na segunda metade da existência do homem moderno, ou no último 1/1.500.000 da existência do universo.

A civilização começou a cerca de 10 mil anos atrás com a invenção da agricultura e a fundação das primeiras cidades. Assim a civilização tinha a metade da idade atual a cerca de 5 mil anos. Naquela época, a primeira grande civilização, a suméria, ainda não existia. A escrita acabara de ser inventada, marcando o inicio da era histórica. Assim toda a era histórica, está contida na segunda metade da existência da civilização, ou no último 1/3.000.000 da existência do universo.

A era histórica começou em 3 mil antes de cristo. Jesus Cristo iria nascer 500 anos depois. Toda a era cristã, está contida na segunda metade da era histórica, ou no último 1/7.500.000 da existência do universo.

A era cristã, começou com o nascimento de Cristo no ano 4 antes de Cristo. Em 992 depois de Cristo, estamos na idade média. Colombo marca a era moderna com a descoberta da América. A era moderna esta contida na segunda metade da era cristã, ou no último 1/30.000.000 da existência do universo. A era moderna, começou em 1492. Há mais de 500 anos atrás.

Há 300 milhões de anos, a terra era coberta por pântanos. Quando as samambaias, as cavalinhas e os licopódios morriam, eram enterrados na lama. Eras se passaram, os resíduos foram carregados para debaixo do solo e ali transformados por lentas etapas. Em outros locais e outras épocas um grande número de plantas e animais unicelulares, morreram; tombaram até o fundo do mar e foram cobertos por sedimentos. Fervendo durante eras, seus resíduos foram convertidos por etapas imperceptíveis, em líquidos e gases orgânicos soterrados.

A espécie humana tem milhares de anos, levamos uma vida sedentária, baseada no cultivo da terra e na domesticação dos animais. Apenas nos últimos 3% desse período, é no qual se encontra registrada toda a nossa história.

Vivemos num universo em expansão, cuja vastidão e antiguidade estão além do entendimento humano. As galáxias que o universo contém, estão se afastando uma das outras, resquícios de uma grande explosão: o big bang. O nosso universo tem cerca de 15 bilhões de anos desde sua origem. Em muitos universos, a vida talvez seja impossível, pois não há sóis nem planetas; nem mesmo elemento químicos mais complicados que o hidrogênio e o hélio. Se outros universos realmente existem, nunca seremos capazes de sondar seus mistérios e menos ainda visita-los.

O nosso universo é composto de algumas centenas de bilhões de galáxias; uma das quais é a via láctea; que é composta de gás, poeira e 400 bilhões de sóis; um deles, num braço obscuro da espiral, é o sol, a estrela local. Acompanhando o sol em sua viagem de 250 milhões de anos ao redor do centro da via láctea, existe um séquito de pequenos mundos: planetas, luas, asteroides e cometas. Nós humanos, somos uma das 50 bilhões de espécies que cresceram e evoluíram num pequeno planeta. O terceiro a partir do sol: a terra.

A maioria dos planetas do sistema solar giram em torno do sol no mesmo plano, como se estivessem confinados em sulcos separados. Isaac Newton foi o primeiro a compreender como a gravidade cria o movimento dos planetas; ficou perplexo com a ausência de inclinações nos planos das órbitas planetárias. Deduziu que no início do sistema solar, Deus devia ter posto todos os planetas a funcionar no mesmo plano. Um século depois, surge uma nova teoria, a hipótese Kant-Laplace. Em resumo ela diz o seguinte: imagine uma nuvem irregular de gás e poeira em rotação lenta posicionada entre as estrelas; se a sua densidade é elevada, a atração gravitacional mútua das várias partes da nuvem vai esmagar o movimento aleatório interno e começará a se contrair; assim, ela vai girar mais rápido; o giro não retardará o colapso da nuvem ao longo do eixo de rotação, mas, diminuirá a contração no plano de rotação. A nuvem inicialmente irregular se converte num disco chato; assim, os planetas que se incorporam ou se condensam a partir desse disco, vão todos girar num mesmo plano.

Quando outras galáxias espirais como a via láctea, foram descobertas, Kant achou que esses eram discos pré-planetários, preditos e que a hipótese nebular da origem dos planetas, fora confirmada. Mas, essas formas espirais se revelaram galáxias distantes salpicadas de estrelas e não campos vizinhos para o nascimento de estrelas e planetas.

Quando examinamos jovens estrelas semelhantes ao sol, como o nosso sol de 5 bilhões de anos atrás, descobrimos que mais da metade estão rodeadas por discos achatados de poeira e gás. Em muitos casos, as partes próximas à estrela, parecem estar esvaziadas de poeira e gás, como se planetas ali, já tivessem se formado, engolindo a matéria interplanetária.

As estrelas estão muito longe de nós. A mais próxima está a 1 milhão de quilômetros luz de distância. O primeiro sistema planetário descoberto acompanha uma estrela chamada B 1257+12, que é uma estrela de nêutron, sem rápida rotação, restos de uma estrela outrora maior que o sol, que explodiu numa explosão de supernova. O campo magnético dessa estrela de nêutrons capta os elétrons forçando-os a se mover por tais caminhos, que como um farol, emitem um raio de rádio pelo espaço interestelar. Esse raio intercepta a terra a cada 0, 00062185319388187 segundos. Por isso a B 1257+12 é chamada de pulsar.

As cascas mortualhas e o raro corpo morto de um camarão são rapidamente comidos em parte por outros camarões, e em parte pelos microorganismos invisíveis que se proliferam nos oceanos. Os camarões tiram oxigênio da água e exalam dióxido de carbono; as algas tiram dióxido de carbono da água e exalam oxigênio. Eles respiram mutuamente os gases que são refugos dos outros. Seus refugos sólidos, ainda passam pelas plantas, outros animais e microorganismos. As algas podem viver muito mais tempo sem os camarões do que os camarões sem as algas. Os camarões comem as algas e as algas comem luz.

A vida em nosso mundo é também energizada pela luz. A luz do sol passa pelo ar claro, é colhida pelas plantas e lhes dá força para combinar dióxido de carbono com água e assim formar carboidratos que constituem a dieta principal dos animais.

Com a chuva ácida, a diminuição da camada de ozônio, poluição química, radioatividade e destruição das florestas tropicais, estamos alterando o equilíbrio ecológico que levou 4 bilhões de anos para evoluir sobre a terra. Os crustáceos assim como os mamíferos, são muito mais antigos que as pessoas. As algas remontam a 3 bilhões de anos atrás, muito antes dos animais e quase até a origem da vida sobre a terra. Na América do Sul, respiramos oxigênio gerado na floresta tropical. A chuva ácida das indústrias poluentes no meio-oeste norte americano, destrói florestas canadenses. A radioatividade de um acidente nuclear na Ucrânia compromete a cultura na lapônia. A queima de carvão na China aquece Argentina. Os clorofiocarbonetos liberados por um ar condicionado na terra nova causam câncer de pele na Nova Zelândia. Os pássaros sabem o que fazer para não sujar o seu ninho. Os camarões, com cérebros do tamanho de partículas de fiapos, sabem o que fazer. As algas e os microorganismos também. E nós sabemos o que fazer?

Em 1725, numa tentativa de descobrir a paralaxe estelar, o astrônomo inglês James Bradley, encontrou por acaso a aberração da luz. Observando-as por um ano, descobriu-se que as estrelas traçavam pequenas elipses no céu. Era conforme se constatou o que todas as estrelas faziam. Isso não era paralaxe, pois esperava-se uma grande paralaxe para as estrelas próximas e outra indetectável para estrelas distantes. No lugar disso, a aberração é semelhante a impressão de estarem caindo obliquamente como gotas de chuva.

Se a terra tivesse parada no centro do universo, em vez de estar se movendo ao redor do sol, Bradley não teria descoberto a aberração da luz. Era uma demonstração irrefutável de que a terra girava em torno do sol. Somente em 1837, observações diretas das estrelas mostraram claramente, que a terra de fato gira em torno do sol. A paralaxe anual tão longamente discutida foi por fim, descoberta, não por melhores argumentos, mas, por melhores instrumentos.

No século 19, ainda haviam alguns relutantes, mas, ao investigar o sistema solar, a nave Voyager I viu, assim como Galileu e Copérnico haviam previsto, o sol no centro e os planetas em órbitas concêntricas ao seu redor, longe de ser o centro do universo.

No século 17, ainda havia alguma esperança de que a terra fosse o único mundo, mesmo não sendo o centro do universo. Porém, o telescópio de Galileu revelou que a lua, não possui uma superfície lisa e polida, e que outros mundos poderiam ter uma superfície parecida com a da própria terra. No século 19, a astronomia de observação deixou claro que o sol é apenas uma estrela solitária, num grande conjunto de sóis com gravidade própria chamada galáxia. Esta é uma dentre bilhões de bilhões de galáxias.

A luz leva um ano para atravessar um ano-luz; dez mil para cruzar dez mil anos-luz, e assim por diante. Quando olhamos para o centro da galáxia na via láctea, a luz que vemos partiu de sua fonte à 30 mil anos. A mais próxima galáxia espiral semelhante a nossa, a M31, na constelação de Andrômeda, está a 2 milhões de anos-luz; nós a vemos portanto, como era quando sua luz partiu em viagem para a terra; a 2 milhões de anos atrás. Quando observamos quasares distantes, a 5 bilhões de anos-luz, nós os vemos como eram a 5 bilhões de anos.

Muitas eras se passaram até a terra começar a existir. A idade da terra gira em torno de 4,5 bilhões de anos e a do universo, 15 bilhões de anos. 2/3 do intervalo de tempo entre a origem do universo e nossa época, já haviam passado quando a terra veio a existir. Há sistemas planetários bilhões de anos mais jovens e bilhões de anos mais velhos. A física clássica, afirmava que a velocidade da terra no espaço, tinha um sistema de referência privilegiado. Já para Albert Einstein as leis da natureza não eram as mesmas, fosse qual fosse a velocidade ou o sistema de referência do observador.

Primitivamente, os homens conheciam a posição de todas as árvores num raio de 200 quilômetros. Comiam frutos e castanhas amadurecidas. Seguiam os rebanhos nas migrações anuais. Quando a seca era longa, ou quando o frio se demorava, saíam em grupos para terras desconhecidas e às vezes esses grupos se brigavam. Durante 99% do tempo desde o aparecimento de nossa espécie, fomos caçadores e saqueadores, errantes em Savanas e estepes. Quando o clima era adequado, ou quando os alimentos eram abundantes, permaneciam num mesmo lugar. Nos últimos 10 mil anos, abandonamos o nomadismo. Domesticamos as plantas e os animais. Longos verões, invernos amenos, ricas colheitas e caça abundante. Uma hora tudo isso acaba.

As primeiras tecnologias não passavam de pedras toscamente talhadas que eram usadas para o corte e a raspagem de peles. Era impossível caçar com tais instrumentos. Por essa época, não existiam lanças, arcos, flechas ou fundas, que permitissem caçar à distância. Os primitivos recolhiam frutos, bagas, raízes; recolhiam também a carne de animais feridos ou mortos, ou seja, os homens primitivos eram necrófagos.

As armas das primeiras guerras foram os instrumentos de caça. Os 10 mil anos que se passaram desde a invenção da agricultura, não são tempo suficiente para que certas pré-disposições tenham evoluído ou desaparecido. Por exemplo, há 600 anos no lugar em que hoje é a cidade do México, havia uma quadra para se jogar bola. O capitão do time perdedor tinha o seu coração arrancado e depois era decapitado, e os crânios dos outros capitães perdedores eram exibidos em grades. Tribos afegãs jogavam pólo com as cabeças cortadas de antigos adversários; e a mais de 3.500 anos atrás, na Grécia pré-clássica, os competidores olímpicos, competiam nus e sem a presença de espectadores. Às vezes a pré-disposição à mudanças não são inerentes à todos no mundo.

As ferramentas de pedra são amplamente aceitas como nossa primeira invenção empregada pelos hominídeos a 2,5 milhões de anos atrás. As invenções do início do paleolítico como o domínio do fogo, as vestimentas, lâminas de pedra talhada e lança, talvez sejam as mais importantes da história, sem elas, é possível que a humanidade jamais passasse da caça e da coleta para uma vida mais sedentária.

A primeira grande civilização surgiu há 7 mil anos na mesopotâmia, onde hoje é o Iraque. Foi lá que se criou a roda com eixo, o vidro e a irrigação. Pelos 2 mil anos seguintes, surgiram civilizações no vale do Indu, no Egito e no vale do rio amarelo, na China. Há 2.500 anos surge a Grécia, renomada por seus filósofos, matemáticos e engenheiros. Atribui-se a Arquimedes, por exemplo, a criação das primeiras máquinas: a alavanca, a polia composta e o parafuso. “Dê-me uma alavanca e moverei o mundo”. (Arquimedes).

Nos primeiros séculos da era comum, as inovações tecnológicas ocorreram no vale do Indu e China antiga. Os chineses, por exemplo, inventaram a bússola, o papel a pólvora e a impressão xilográfica. Após o declínio do império romano no século 5, grande parte do ocidente mergulhou na chamada “Idade das trevas” (medievalismo), mas, os chineses permaneceram estáveis e inovadores.

O império islâmico emergiu no século 8 com estudiosos que transmitiram e acrescentaram muito ao trabalho dos antigos pensadores gregos, que, de outra forma se perderia. Durante a renascença européia, dos séculos 14 ao 17, o pensamento racional imperou na sociedade. Surgem a máquina de impressão com tipos móveis, o microscópio e o telescópio.

Os séculos 17 e 18 foram o período de progresso em astronomia, biologia, física, química e matemática. Criaram-se os termômetros, hidrômetros, bombas a vácuo, barômetros e calculadoras mecânicas.

A revolução industrial eclodiu na Inglaterra no século 18 com a introdução da redução de minério de ferro a base de coque. Por muitos séculos, o ferro fora reduzido com carvão vegetal, derivado da madeira. A demanda por ferro no século 17 foi tão intensa que a Grã-Bretanha, foi quase completamente desmatada. Substituindo o carvão vegetal por coque derivado do carvão mineral, o país poupou as florestas. O desafio de bombear água das minas alagadas levou à criação do motor a vapor, este criado por James Watt no início do século 18. O motor a vapor de alta pressão deu origem às locomotivas ferroviárias e aos barcos movidos a vapor.

Após o iluminismo, Charles Darwin mostrou que uma espécie pode evoluir para outra espécie por processos inteiramente naturais. Escreveu ele em seu caderno de notas: “O homem na sua arrogância se considera uma grande obra, digna da intervenção de uma divindade. É mais humilde, penso, que ele foi criado a partir de animais”.

A noção de que a terra era autoconsciente, era uma convicção dos gregos, romanos e primeiros cristãos. O filósofo Orígenes, por exemplo, queria saber se a terra, por sua própria natureza, seria responsável por algum pecado. Santo Ambrósio (o mentor de Santo Agostinho) e Santo Tomás de Aquino pensavam que as estrelas eram seres vivos. A posição filosófica estóica sobre a natureza do sol, foi dada por Cícero no século 1 a. C: “Como o sol se parece com aqueles fogos que estão contidos nos corpos das criaturas vivas, o sol também deve ser vivo”.

No ocidente, o céu era plácido e macio, já no oriente nem tanto. Em muitas histórias e culturas, os reinos são governados por deuses bons ou por deuses maléficos. “O que um homem deseja, ele também imagina ser verdade”, disse Demóstenes. “a luz da fé faz com vejamos aquilo em que acreditamos”, afirmou Tomás de Aquino. George Bernard Shaw, no prefácio de seu drama “St. Joan”, escreveu: “Na idade média, as pessoas acreditavam que a terra era achatada, e para isso tinham, pelo menos, a evidência de seus sentidos. Nós acreditamos que ela é redonda, e não porque 1% da humanidade poderia dar a razão física para uma opinião tão bizarra, mas, porque a ciência moderna nos convenceu de que o óbvio não é verdadeiro, e o mágico, o gigantesco, o desumano ou o extravagante é cientifico”. No livro “Cândido”, escrito por Voltaire, o Dr. Pangloss, achava que este mundo com todas as suas imperfeições era o melhor possível.
Prefiro acreditar no que disse o poeta grego Crísipo que escreveu: “Seria um caso insano de arrogância, um ser humano vivo pensar que nada lhe é superior em todo o mundo”.

 

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

ANIMAIS DE GRANDE E PEQUENO PORTE


ANIMAIS DE GRANDE E PEQUENO PORTE
Os seres humanos constituem uma espécie orgânica particular, e o destino comum a todas as espécies é a extinção. Pelo menos 90% de todas as espécies que já viveram, se extinguiram. Em todo o mundo, na competição pela vida, num mesmo ambiente, os mamíferos placentários venceram e substituíram os menos evoluídos marsupiais monotremos. Só a Austrália conta com uma variedade prolífera de marsupiais e um par de monotremos, porque se separou da Ásia antes de os animais placentários, evoluírem.
No fim do período permiano, a 225 milhões de anos atrás, aproximadamente 75% das famílias de anfíbios e 80% das famílias dos répteis foram extintas. A época mais conhecida nesses termos foi a do final do período cretáceo, a aproximadamente 65 milhões de anos. Naquele tempo, os dinossauros desapareceram totalmente, após haverem proliferado 150 milhões de anos. O mesmo aconteceu com os ictiossauros, os plesiossauros e os pterossauros voadores.
Dentre os invertebrados, os amonites que formavam um grupo grande também se extinguiram; 75% de animais existentes na época sucumbiram; uma das explicações pode ser o fato de os mares rasos, uma vez ou outra, invadirem os continentes e depois recuarem. A invasão ocorre quando a massa de gelo em solos polares é pequena. O recuo pode ocorrer no período de formação montanhosa, quando a altitude média dos continentes aumenta.
Os mares rasos oferecem ambiente propício para várias espécies de animais marítimos, os quais por sua vez, oferecem uma provisão de alimento constante e abundante para os animais que vivem nas regiões litorâneas. Quando os mares recuam, tanto os animais marítimos quanto aqueles que se alimentam deles, acabam morrendo. Em cinco dos sete casos de morte em massa, ocorridos nos últimos 250 milhões de anos, o motivo parece ter sido o recuo marítimo.
Conhecem-se cerca de 350 mil diferentes espécies vegetais e talvez 900 mil espécies distintas de animais. Podem haver de 1 a 2 milhões de espécies ainda não descobertas.
Nos primórdios da história, os hominídeos tinham por abrigo apenas sua própria pele e por armas, os diferentes membros de seu corpo, não rivais à altura dos grandes predadores e herbívoros. Os primeiros homens conseguiram comida no mundo vegetal. Ocasionalmente, levados pela fome, se alimentaram, além de frutos, também de animais pequenos. Com o tempo, aprenderam a fazer machados de pedra e lanças com ponta de pedra. O machado de pedra era melhor que um casco e a lança melhor que uma presa ou garra. A situação começava a mudar.
Com o aparecimento do homo sapiens e o início de suas caçadas em bando, ele pôde abater animais de grande porte. Na última era glacial, os seres humanos eram bastante hábeis na caça aos mamutes.
Na mitologia, os polvos e as lulas inspiraram as histórias de Hydra, que tinha nove cabeças e foi morta por Hércules. Ou de Cila, com múltiplas cabeças e para quem Odisseu perdeu seis homens; ou da Medusa, com seu cabelo de cobras vivas, que transformava em pedra aqueles que a olhassem. O que todos têm em comum, é que não passam de mitologia, como o polífemo, o ciclope de um olho só, citado na Odisséia de Homero, ou os gigantes dos contos folclóricos ingleses.
Os mamíferos menores têm menos energia a ser usada, é mais fácil de ser eliminado e é menos eficiente no revide, pelo contrário, eles fogem e por serem pequenos se escondem em qualquer greta. Um mamífero pequeno, não significa nada sozinho. Organismos pequenos tendem a viver menos que os grandes; viver menos tempo de vida, significa chegar a maturidade sexual e procriar mais cedo. Nos mamíferos pequenos, a gestação é mais curta e a prole é mais numerosa do que nos mamíferos grandes.
Um ser humano não amadurece sexualmente antes dos treze ou catorze anos e a gestação dura nove meses. Se um casal humano tivesse 10 filhos e se todos esses se casassem e tivessem cada um 10 filhos, os quais por sua vez se casassem e tivessem 10 filhos, então, em três gerações, o número total de descendentes do casal original, seria de 1.110.
Um rato norueguês por outro lado, alcança a maturidade sexual entre a 8ª e a 12ª semana de vida. Ele pode se reproduzir de 3 a 5 vezes por ano, tendo de 4 a 12 filhotes. Esse rato vive apenas três anos; durante esse período, ele produz facilmente 60 filhotes. Se cada um desses produzisse outros 60, e, cada um destes novos filhotes, então em três gerações, 219.660 ratos teriam sido criados em nove anos. Se esses ratos continuassem a se multiplicar normalmente durante o prazo médio de vida humana (70 anos), o número total de ratos somente na ultima geração, seria de 5.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000. Os quais pesariam quase que um quatrilhão de vezes o peso da terra.
Os insetos têm vida tão curta e são tão fecundos que seu grau de evolução é assombroso. Existem agora, 700 mil espécies de insetos conhecidas. A cada ano descobrem-se de 6 a 7 mil novas espécies de insetos e é provável que existam pelo menos três milhões de espécies ao todo. Quanto ao número de insetos, é inacreditável: num único acre de solo úmido, pode haver até quatro milhões de insetos de espécies variadas. Pode haver um bilhão de bilhões de insetos vivendo no mundo agora; são cerca de 250 milhões deles para cada homem, mulher e criança vivos. O peso total de insetos vivos no planeta é superior ao peso total de todos os outros animais vivos, juntos.
Três mil espécies de insetos são inofensivas para o homem, mas, são estorvos como: Cupins, gorgulhos, vespas, moscas, besouros e baratas. Na índia, por exemplo, existe um inseto chamado “bicho do algodão vermelho”, que vive na planta de algodão. Anualmente, toda a plantação de algodão é destruída por ele.
Em 1877, compostos de cobre, chumbo e arsênio, tornaram-se o método de combate a insetos. Um veneno de insetos largamente usado era o “verde-paris”, que é um acetoarsenito de cobre. Funcionava sem afetar as plantas; estas se alimentavam de materiais inorgânicos do árido solo, e eram fortalecidas por energia solar. Vestígios de cristais minerais em suas folhas não atrapalhavam.
A chuva tende a remover parte dos minerais e depositá-los no solo; pouco a pouco, o solo acumula cobre e arsênio, que acabam alcançando as raízes das plantas, afetando adversamente o solo.
O cérebro humano tem uma massa média de 1,45 quilos, é praticamente o maior que já existiu. Somente mamíferos gigantes como elefantes e baleias são exceções nesse aspecto. O maior cérebro de elefante pode ter uma massa de até 6 quilos, um pouco mais que quatro vezes a de um cérebro humano. O maior cérebro de baleia já encontrado, pesava cerca de 9 quilos; mais de seis vezes o peso de um cérebro humano.
Esses grandes cérebros têm um grande corpo para controlar. O maior cérebro de elefante pode ter quatro vezes o tamanho do cérebro humano, mas, seu corpo é 100 vezes maior em massa que o humano. Cada quilo de cérebro de elefante precisa comandar 1.200 quilos de corpo de elefante. Nas baleias maiores, cada quilo de cérebro precisa coordenar 100 mil quilos de corpo de baleia.
Em alguns macacos pequenos e alguns beija-flores, cada grama de cérebro maneja somente 17, 5 gramas de corpo. Um cérebro grande requer um corpo grande. Alguns golfinhos e botos não pesam mais que os seres humanos e, no entanto, têm cérebros maiores que o cérebro humano. O cérebro do golfinho pode chegar a 1,7 quilo; 1/6 maior que o cérebro humano; e é também mais espiralado.
Existem algumas árvores que podem viver 5 mil anos; alguns animais de sangue frio vivem até 200 anos; alguns animais de sangue quente vivem até 100 anos; mas, para cada indivíduo multicelular, a morte chega como o fim.
Muito mais perigosa que o efeito de pragas de pequenos organismos sobre os seres humanos, seus alimentos e posses, é a sua tendência de difundir doenças infecciosas. Em 431 a. C, Atenas e seus aliados foram à guerra contra Esparta. Essa foi uma guerra que durou 27 anos e que arruinou Atenas e, em grande parte, toda a Grécia. Como Esparta dominava a terra, a população ateniense inteira se comprimiu na cidade murada da Atenas. Lá o povo estava seguro e se abastecia por via marítima, pois o mar era controlado pela marinha ateniense. Atenas poderia muito bem ter vencido a guerra se não fosse a doença. Em 430 a. C, uma peste infecciosa assolou a população ateniense enclausurada e matou 20% dela, inclusive seu grande líder, Péricles.
Em 1904, as castanheiras do jardim zoológico de Nova York, adquiriram a “ferrugem das castanheiras” e em duas décadas, todas as castanheiras dos Estados Unidos e Canadá estavam perdidas.
Às vezes os seres humanos, podem fazer uso de doenças animais como uma forma de pesticida. O coelho foi introduzido na Austrália em 1859 e, na ausência de inimigos naturais, multiplicou-se rapidamente. Em 50 anos ele tinha se espalhado em cada parte do continente e nada do que os homens fizessem detinha o seu crescimento. Então na década de 50, introduziu-se uma doença de coelhos chamada “mixomatose infecciosa”, que era endêmica entre os coelhos na América do Sul. Contagiosa e infecciosa para os coelhos australianos, estes imediatamente estavam morrendo aos milhões; tanto que hoje em dia a população de coelhos na Austrália esta bem abaixo.
Em 1872, uma epidemia atacou os cavalos dos estados unidos. Ninguém na época percebeu que ela foi disseminada por pernilongos e antes de ela desaparecer, um quarto de todos os cavalos estavam mortos.
A “ferrugem tardia” destruiu a plantação de batatas na Irlanda em 1845 e 1/3 da população da ilha morreu de fome ou emigrou. No que diz respeito a esse assunto, em 1846, a mesma enfermidade, destruiu metade da plantação de tomates no leste dos Estados Unidos.
As pestes começavam no leste e sudeste asiático, onde a população era a mais concentrada do mundo e se espalhavam rumo a oeste. Em 166 d. C, quando o império romano estava em seu apogeu sob o imperador Marco Aurélio, os exércitos romanos que lutavam nas fronteiras orientais da Ásia menor, começaram a sofrer de uma doença epidêmica: varíola. Trouxeram-na consigo quando de sua volta para Roma.
Duas mil pessoas morriam em Roma a cada dia. Mesmo após as províncias ocidentais do império terem sido assoladas pelas invasões de tribos germânicas e a própria Roma ter sido arrasada, a metade oriental do império romano continuou a existir com sua capital em Constantinopla.
Em 541, a peste bubônica atacou. Era uma enfermidade que atingia ratos, mas, que podia ser transmitida ao homem por pulgas, que picavam um rato doente e depois um ser humano saudável. Durante dois anos a peste reinou, matando a metade da população de Constantinopla que estava sob o imperador Justiniano I, que chegou ao trono em 527. A África, a Itália e partes da Espanha, foram retomadas e por certo tempo, tinha-se a impressão de que o império seria reconstituído.
A pior das epidemias, da história da espécie humana ocorreu no século 14. Por volta de 1.330, uma nova variedade da peste bubônica apareceu na Ásia Central, se alastrou pela península da Criméia e costa centro-norte daquele mar. Havia um porto chamado kaffa, onde a cidade italiana de Gênova estabelecera um entreposto comercial. Em outubro de 1347, um navio genovês por pouco não fazia viagem de volta de Kaffa a Gênova: seus homens a bordo, aos poucos, morriam de peste negra. Os poucos homens a bordo que não tinham morrido da peste, estavam morrendo. Eles foram desembarcados, trazendo para a Europa a peste, que rapidamente se propagou. O paciente morria dentro de um a três dias. Estima-se que 25 milhões de pessoas morreram só na Europa, e 60 milhões morreram no mundo todo; 1/3 de toda a população mundial.
Cidades inteiras foram devastadas; os poucos sobreviventes fugiam, espalhando a doença. Fazendas foram abandonadas, animais domésticos vagavam à solta; nações inteiras como Aragão, foram dizimadas.
As bebidas alcoólicas já tinham surgido na Itália em 1.100. A teoria era a de que beber muito, agia como um preventivo contra o contágio. Não agia. O alcoolismo se instalou na Europa. O rum, que era uma bebida muito apreciada por piratas, popularizou a prostituição na Inglaterra em idos de 1700; as prostitutas vendiam o seu corpo por uma pequena dose de rum; assim, o contágio com sífilis era cada vez maior. Quem não tinha dinheiro para comprar rum, embebia um pano na bebida de alguém e o torcia na boca, num anseio incontrolável de beber. Desde então, houve grandes epidemias, embora nenhuma se comparasse a peste negra em destruição. Em 1664 e 1665, a peste bubônica atingiu Londres e vitimou 75 mil almas.
A Europa foi assolada por epidemias de cólera fatal em 1831, 1848 e 1853. A febre amarela, doença tropical, era transmitida pelos marinheiros para portos mais ao norte, e periodicamente cidades americanas eram dizimadas por ela. Já a gripe espanhola que assolou o mundo em 1918, matou 30 milhões de pessoas. Só para comparar, a primeira guerra mundial, antes de 1918, matou 8 milhões de pessoas.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

SINFONIA ELÍPTICA DA HISTÓRIA


SINFONIA ELÍPTICA DA HISTÓRIA











 



Há sete mil anos antes de Cristo, a geleira da mais recente era glacial, estava recuando, uniformemente; e os homens ainda usavam a pedra, para seus utensílios. Nessa época, os seres humanos estavam aprendendo a armazenar comida para o uso futuro e providenciar a futura criação de alimento. Isso era feito por meio da domesticação e do cuidado para com os rebanhos de animais, como: carneiros, cabras, porcos, vacas, bois e galinhas; e da utilização deles para a obtenção de lã, leite, ovos e carne.
Ainda mais importante, foi o desenvolvimento da agricultura: plantação planejada de cereais, verduras e árvores frutíferas; isso possibilitou a obtenção de determinadas variedades de alimentos em maiores concentrações do que as encontradas na natureza.
O surgimento das cidades muradas marca o início da civilização, que vem da palavra latina para “habitante de cidade”. Por volta de 3.500 a. C, as cidades haviam se tornado em organizações sociais que não trabalhavam nem na lavoura e nem na pecuária, mas, desempenhavam funções necessárias para fazendeiros e vaqueiros como as de soldado e de artesãos. Nessa época, o uso de metais estava sendo introduzido e, logo após 3.000 a. C, surgia a escrita no Oriente Médio.
As primeiras cidades-estados foram edificadas ao longo de cursos d’água. O rio oferecia um meio fácil de comunicação para as trocas e uma fonte de água para a irrigação; assegurando o desenvolvimento pleno da agricultura.
O primeiro indivíduo de que se tem notícia por ter governado uma considerável extensão de rio, foi o monarca egípcio Narmer (conhecido por Menes entre os gregos). Narmer fundou a primeira dinastia em aproximadamente 2.850 a. C, e dominou toda a parte baixa do vale do Nilo.
O primeiro conquistador que estendeu seu domínio sobre uma grande área foi, Sargão, da cidade sumeriana de Agade. Ele chegou ao poder pelos idos de 2.334 a. C, sendo que antes de sua morte, em 2.305 a. C, dominou todo o vale do Tigre-Eufrates.
Em 2.500 a. C, a civilização já estava bem estabelecida em quatro vales de rios africanos e asiáticos: o do Nilo, no Egito, o do Tigre-Eufrates, no Iraque, o do Indu, no Paquistão e o do Huang-Ho, na China. Por intermédios de conquistas e comércios, a área ocupada pela civilização foi se alargando, até que em 200 d. C, ela se estendia do Oceano Atlântico ao Pacífico, de Leste à Oeste, abrangendo os litorais Norte e Sul do Mediterrâneo e porções Sul e Leste asiático. Isso representa uma extensão no eixo Leste-Oeste de algo como 13.000 quilômetros e no eixo Norte-sul de 800 a 1600 quilômetros. A área total da civilização deve ter sido naquele tempo de 10.000.000 km2 cerca de 1/12 da área do planeta coberta por terra.
No extremo ocidente, circundando o Mediterrâneo, ficava o império romano. Ele atingiu sua extensão física máxima em 116 a. C, ficando inato até 400 d. C. A Leste dele e se estendendo até a região onde hoje é o Iraque, Irã e Afeganistão, estava o império Neo-Persa, que em 226 fortaleceu-se com a ascensão ao poder de Ardachir I, fundador da dinastia Sassânida. A Pérsia atingiu o apogeu com Cosroes I, em 550, e teve um brevíssimo tempo de ocupação territorial em 620 com Cosroes II.
À sudoeste da Pérsia ficava a Índia, que quase foi unificada por Asoka em 250 a. C, e se fortalecera sob a dinastia Gupta, elevada ao poder em 320.
À leste da Índia ficava a China, poderosa entre 200 a. C e 200 d. C, sob a dinastia Han.
Os bárbaros eram em geral “nômades” (da palavra grega que significa “aqueles que andam a esmo”). Eles tinham poucas posses, que eram basicamente rebanhos, com que viajavam de pasto a pasto com a mudança das estações; eram móveis com seus camelos ou cavalos. O primeiro exemplo de uma incursão bárbara se deu com Sargão do império Súmero-Acadiano. Em 2.219 a. C, o governo se findou até os bárbaros Guti do nordeste se tornarem um problema. Em 2.180 a. C, os Guti tinham o controle do vale do Tigre-Eufrates, e seguiu-se um século de idade das trevas.
Bárbaro, é uma palavra de origem grega, e remonta ao fato de os estrangeiros falarem línguas incompreensíveis, cujos sons, aos ouvidos gregos, pareciam algo como: “bar-bar-bar”. Mesmo as civilizações não gregas, eram chamadas de bárbaras pelos gregos.
Os bárbaros eram especialmente perigosos quando ganhavam uma arma de guerra. Assim, por volta de 1.750 a. C, as tribos da Ásia central criaram o carro puxado por cavalos e com ele foram para as terras povoadas do oriente médio e do Egito. Uma população civilizada que ganhava uma nova arma de guerra se tornava imbatível; isso aconteceu quando o ferro começou a ser fundido no leste da Ásia Menor em 1.350 a. C.
Quando por volta de 900 d. C, os exércitos assírios foram completamente blindados a ferro, eles iniciaram uma dominação da Ásia ocidental que durou três séculos. De 166 d. C em diante, o império romano lutou defensivamente contra a invasão bárbara. Algumas vezes, Roma era sacudida, mas, se recuperava; isso quando sob o comando de imperadores fortes. Em 378 d. C, os bárbaros Godos venceram a batalha em Adrianopla, destruindo para sempre as legiões romanas.
A Itália foi barbarizada e, em 476, Rômulo Augusto, o último imperador romano a governar a Itália, foi deposto. Uma idade das trevas de cinco séculos se abateu. Em 850 d. C, Carlos Magno tentou restaurar a civilização européia, mas, não obteve resultado.
Durante o curso da história, as estepes da Ásia central, haviam sido o berço de cavaleiros tenazes, que viviam sobre suas montarias. Em anos bons, com muita chuva, os rebanhos se multiplicavam, bem como os nômades. Em anos de seca, estes seguiam com seus rebanhos pelas estepes afora.
No tempo do império assírio, os Cimérios se achavam no norte do mar Negro; eles foram expulsos pelos Citas, em aproximadamente 700 a. C, e estes pelos Sármatas, por volta de 200 a. C, sendo seguidos pelos Alamanos, 100 anos depois.
Em 300 d. C, os Hunos chegaram do Leste; eram os mais temíveis invasores da Ásia central. Foi a sua chegada que ajudou a empurrar os bárbaros germânicos para o império romano. Em 451, Átila, o poderoso monarca Huno, chegou a Orleans, na França e lutou contra um exército de romanos e germanos aliados. Foi o máximo que tribos centro-asiáticas conseguiram.
Átila morreu no ano seguinte, e seu império desfez-se. Seguiram-se os Ávaros, os Búlgaros, Magiares, Casares, Pazinacas, Comanos; estes dominaram os Ucranianos vindos do leste até 1.200.
Em 1.162, nasceu na Ásia central, um homem chamado Temudjin. Lentamente, ele ganhou uma tribo mongol, depois outra; até que em 1.206, aos 40 anos de idade, foi proclamado Gêngis Khan (“rei muito poderoso”). Sobre robustos pôneis, vagavam por quilômetros, e atacavam onde e quando não eram esperados. Antes de morrer, em 1.227, Gêngis Khan conquistou a metade norte da China e o império Kharezm. Treinou seus filhos e generais para prosseguirem nas conquistas. Seu filho, Ogadai Khan, o sucedeu e dominou a China. O neto de Khan, Batu e o seu general Sabutai, avançaram para o Oeste.
Em 1.223, quando Gêngis Khan ainda vivia, um ataque mongol em direção Oeste, derrotou um exército de aliados Russos e Comanos. Em 1.237, os Mongóis foram para a Rússia. Em 1.240 tomam Kiev e toda a Rússia cai sob seu controle. Três gerações dirigiram os Mongóis, durante um período de meio século.
Um avanço na história do mundo foi representado pela invenção da pólvora; que é uma mistura de nitrato de potássio, enxofre e carvão. A pólvora parece ter sido criada na China. Lá era usada como fogos de artifícios em 1.160. Em vez de arremessar pedras com a catapulta, usando madeira arqueada ou tiras de couro, onde se localizava a força propulsora, a pólvora era colocada num tubo (canhão) com uma ponta aberta.
Esse primitivo exemplo de armamento foi utilizado na batalha de Crécy, onde a Inglaterra derrotou os franceses nos estágios iniciais da guerra dos 100 anos. Mas, a batalha foi definida pelos arqueiros ingleses e suas flechas, e não pelos canhões. Os arcos se manteram absolutos por mais de 80 anos, vencendo as batalhas de Azincourt em 1.415 e Verneuil em 1.424, para os ingleses. A pólvora, depois do século 15, dominaria os campos de batalha por quatro séculos.
Os Turcos haviam inicialmente adentrado o reino dos Abácidas em 840, ajudando a causar sua desintegração (que os Mongóis completaram) e sobrevivido ao império mongol, que se dividiu em fragmentos após a morte de Kublai Khan. Em 1.345, os Turcos Otomanos, atravessaram os Balcãs, se estabelecendo na Europa. Em 1.453, os Turcos capturam Constantinopla e põem fim à história do império romano. As conquistas de Tamerlão (que se dizia descendente de Gêngis Khan) foram de 1.381 à 1.405, vencendo batalhas na Rússia, oriente médio e Índia.
Com a pólvora e a bússola, os navegadores europeus começaram a desembarcar nas linhas litorâneas de todos os continentes, fazendo isso por mais de 550 anos.
Outro ponto crucial na história foi a descoberta dos metais. A palavra metal vem do grego e quer dizer “procurar”. Os metais atualmente utilizados representam um sexto do peso das rochas componentes da crosta terrestre.
Em sua maior parte, os metais existem combinados com o silício e o oxigênio; ou com carbono e oxigênio; ou apenas com enxofre, formando os minérios. Há alguns metais que não formam compostos facilmente, existindo em forma de pepitas. São eles, o cobre, a prata e o ouro; aos quais adicionamos ferro meteórico. O ouro compõe 1/200.000. 000 da crosta terrestre, e é um dos metais mais raros.
O ser humano descobriu o ouro por volta de 4.500 a. C. Em 640 a. C, os Lídios da Ásia Menor, inventaram as moedas (ligas de ouro e prata). Quando a Espanha se apoderou do ouro acumulado por Astecas e Incas, ela não enriqueceu. Na idade média, a tentativa de conversão de metais não valiosos em ouro, falhou; se funcionasse o ouro logo seria desvalorizado.
O desenvolvimento da metalurgia ocorreu em 4.000 a. C, no Oriente Médio; sendo o cobre o primeiro metal a ser obtido a partir de seu minério. Em 3.000 a. C, descobriu-se que certos minérios contendo cobre e arsênio, produziam uma liga mais resistente que somente o cobre. Essa liga foi usada em armaduras; porém, o envenenamento por arsênio, pode ter sido o primeiro “mal industrial” a atormentar o homem.
Em 2.000 a. C, o tipo estanho-cobre, estava em uso, dando início à idade do bronze. As obras Illíada e Odisséia de Homero, elucidam que os guerreiros usavam armaduras de bronze e lanças com pontas também em bronze.
O cobre não é um componente comum da crosta terrestre e o estanho, menos ainda. Pelo ano de 2.500 a. C, ainda se encontrava cobre em vários locais do Oriente Médio, mas, o suprimento local de estanho havia se exaurido. O estanho é 15 vezes mais raro que o cobre. Foi a primeira vez na história, que os homens enfrentaram o esgotamento de um recurso natural.
Em 1.000 a. C, os navegadores fenícios ultrapassaram o mediterrâneo e chegaram as “ilhotas de estanho”; estas podem ter sido as ilhas Scilly, no extremo sudoeste da Cornualha. A obtenção do ferro a partir de seus minérios se deu em 1.300 a. C.
O ferro era mais preso aos átomos do que o cobre e o estanho. O ferro produzido a partir do minério era duro, obrigando os metalúrgicos, a trabalharem muito em sua refinação. Acabou-se descobrindo que a adição do carvão vegetal ao ferro, o endurecia, formando o que se chama hoje, “superfície de aço”. Em 900 a. C, inicia-se a idade do ferro.
Há porções do fundo do mar cobertas com nódulos espessos de metal. Existem 11.000 desses nódulos por quilômetros quadrados no Oceano Pacífico. A água marinha contém todos os elementos em baixa concentração, pois a chuva que cai na terra leva um pouco de tudo de volta para o mar. O magnésio e o bromo se obtêm da água do mar.
O Oceano contem 3,5% de matéria dissolvida; cada km3 de água marinha tem 36 toneladas de sólidos dissolvidos e cada tonelada de água marinha, 36 quilos de sólidos. Dos sólidos dissolvidos em água marinha, 3,69% são magnésio e 0,19% bromo. Portanto, uma tonelada de água marinha, contem 1,29 quilos de magnésio e 66,5 gramas de bromo. É de se considerar que a terra tem 1.400.000.000.000.000 toneladas de água marinha. O iodo é ainda mais raro. Em uma tonelada de água marinha há 5 miligramas. Das cinzas das algas, obtêm-se iodo.
O Oceano contêm 15 bilhões de toneladas de alumínio; 4,5 de cobre; 4,5 de urânio; 320 toneladas de prata; 6,3 de ouro e 45 de radio.
O suprimento de água da terra é enorme e a massa da hidrosfera é 275 vezes maior que a da atmosfera. O oceano cobre uma área de 360 milhões de quilômetros quadrados ou 70% de toda a terra. A profundidade média do Oceano é de 3,7 km; portanto, o volume total do Oceano é 1,33 bilhões de quilômetros cúbicos. O mundo utiliza aproximadamente 4.000 quilômetros cúbicos de água por ano; apenas 1/330.000 do volume do Oceano.
Porém, precisamos de água doce. O suprimento total de água doce na terra é de 37 milhões de quilômetros cúbicos; somente 2,7% de todo o suprimento de água da terra. Deste, a maior parte encontra-se sob a forma de gelo nas regiões polares e picos montanhosos. A água corre para o mar, que se evapora sob a ação do sol e o vapor precipita-se sob a forma de chuva, neve ou granizo. Aproximadamente 500 mil quilômetros cúbicos de água doce, são precipitados a cada ano; uma parte cai no Oceano e outra cai em forma de neve, sobre geleiras e calotas polares. 100 mil quilômetros cúbicos caem na terra seca, não coberta de gelo. 40.000 quilômetros cúbicos se somam a lagos, rios e ao solo dos continentes.
Com o aquecimento desigual da terra, formam-se correntes no mar e no ar; e essa energia pode se concentrar de forma violenta, como no caso de furacões e tornados. Com a evaporação da água do mar e sua condensação como chuva, produz-se a energia da água corrente na terra. A principal fonte de energia terrestre é a radiação solar. A vegetação converte a energia solar em energia química armazenada nos tecidos. Os animais, ao comerem as plantas, estruturam seu próprio armazenamento de energia química.
Os primeiros seres humanos utilizavam sua própria energia muscular, transferindo-a para certas ferramentas. Muito se pode fazer com rodas, alavancas e cunhas mesmo sendo acionadas pelo músculo humano. Assim foram construídas as pirâmides do Egito. Mesmo antes do nascimento da civilização, o homem aprendeu a utilizar a força de outros animais para suprir seu próprio trabalho. Os animais eram mais tratáveis que os homens e comiam alimentos que o homem rejeitaria. Talvez o animal doméstico mais bem sucedido, tenha sido o cavalo. Até o início do século 19, o galope do cavalo era mais veloz que qualquer outro transporte humano por terra.
No tocante ao fogo, só o hominídeo dentre todos, desenvolveu a habilidade de usá-lo e não foi o Homo Sapiens o primeiro a fazer uso do fogo. Há indícios da utilidade do fogo em cavernas da China, onde o Homo Erectus, viveu há meio milhão de anos atrás. Provavelmente só depois de 7.000 a. C, é que se descobriram os métodos de fricção com a finalidade de acender o fogo. Mas nós nunca saberemos como.
O principal combustível para o fogo em tempos antigos e medievais foi a madeira. Gorduras, óleos e ceras, obtidos a partir de plantas e animais, eram usados em velas e luminárias. Quando se intensificou o uso do fogo, o aumento da população e o desenvolvimento da tecnologia começaram a desaparecer as florestas nos arredores da civilização.
A mineração do cobre e do estanho exigia calor e a fundição do ferro, exigia mais calor ainda. A madeira que era queimada em condições que impedissem a circulação do ar no centro da pilha de lenha era carbonizada e transformada em carvão vegetal; este queima mais devagar do que a madeira, tornando mais fácil a fundição do ferro e fornecendo carbono que produz a superfície do aço.
Estima-se que hoje haja no mundo mais de 8 trilhões de toneladas de carvão distribuídos em diferentes áreas. Parece que o carvão era queimado na China em tempos medievais. Marco Polo, viajante da corte de Kublai Khan no século 13, informou que os chineses queimavam pedras negras, como combustíveis, chegando mais tarde à Europa.
Em 1660, a produção de carvão na Inglaterra era de 2 milhões de toneladas; 80% de todo carvão produzido no  mundo naquela época. Em 1603, Hugh Platt (1552-1608), descobriu como aquecer o carvão eliminando o material não carbonáceo; deixando o puro carbono sob a forma de coque. Foi o carvão da bacia de Ruhr, dos montes Apalaches e da bacia de Donetz, que possibilitou a industrialização da Alemanha, Estados Unidos e União Soviética.
Em 1766, o químico inglês Henry Cavendish (1731-1810), isolou e estudou o hidrogênio, o denominando de “gás de fogo”. O hidrogênio quando em combustão, cria uma grande quantidade de calor; 250 calorias por grama. O hidrogênio se misturado com o ar antes da combustão, explode rapidamente.
O inventor escocês William Murdock (1754-1839), usou jatos de gás de carvão incandescente para iluminar sua casa em 1800. Em 1803, usou iluminação a gás em sua fábrica e em 1807, as ruas de Londres foram iluminadas a gás.
Em Titusville, Pensilvânia, havia vazamentos de petróleo que eram coletados e vendidos como remédio. Um maquinista chamado Edwin Drake (1819-1880), deduziu que havia um grande suprimento de petróleo subterrâneo e incumbiu-se de perfurar até encontra-lo. Em 1859, foi bem sucedido e, surge o primeiro poço de petróleo. O total de petróleo extraído no mundo desde o primeiro poço de Drake ultrapassa os 350 bilhões de barris. 

HISTÓRIA DA GEOLOGIA


HISTÓRIA DA GEOLOGIA

"Ó louca fantasia que palácios constróis sobre o vento". (Samaniego).

"E na verdade, caindo a montanha, desfaz-se, e a rocha se remove do seu lugar, as águas gastam as pedras, as cheias afogam o pó da terra". (Jó 14:18-19).

Com pedras, os antigos homens da pré história, fechavam suas cavernas para se protegerem do frio e das feras. Em pedras foram escritos os dez mandamentos. O ataque com pedras era o primeiro que os filisteus usavam em suas guerras. Pedras de quase uma tonelada, eram usadas nas catapultas romanas e nas de Filipe II da Macedônia. Lê-se no livro de Josué (10:11), que Deus fez chover pedras em Bete-Horom, para ajudar os filhos de Israel. Com pedradas os judeus castigavam os ímpios. De pedras foram as primeiras armas da história. Os esquimós acreditavam que os homens nasciam de pedras da terra, e doze foram o número de pedras tiradas do rio Jordão, a mando do senhor pelos filhos de Israel.
 
Os antigos gregos, foram os primeiros a escrever sobre a terra. Nos séculos VII e VI a.C., os filósofos Tales de Mileto e Anaximandro, afirmavam que os peixes fósseis, eram remanescentes da vida dos antigos tempos; também compreenderam que a água ao depositar areia e lodo na embocadura dos rios, ajudava a formar áreas de terra. No século V a.C., o historiador Heródoto, observou que a água moldava a terra; acreditava ele que os fósseis marinhos no baixo Egito, eram indícios de que o mar havia coberto antigamente aquela região. O filósofo Empédocles de Agrigento, no século V a.C., pensava que no interior do planeta havia um líquido quente, e que todas as coisas vinham da terra, do ar, do fogo ou da água. Aristóteles no século IV a.C., acreditava que a terra havia crescido tal qual a um ser vivo, até chegar a um tamanho atual. Seu discípulo, o naturalista, Teofrasto, escreveu o tratado: "a respeito das pedras", onde fala sobre rochas, minerais e fósseis. No século VII a.C., o geógrafo e historiador Estrabão, escreveu em dezessete volumes a obra "Geographia", reconhecendo que o soerguimento e afundamento de terras, resultam parcialmente da ação de vulcões e terremotos.
 
Os romanos também produziram trabalhos sobre geologia mais realistas do que os dos gregos; porém embebidos de suposições. No ano 60 d.C., Lúcio Sêneca escreve: "problemas naturais", contendo informações sobre terremotos, vulcões, águas de superfícies e águas subterrâneas. A obra "Historia Naturallis" de Plínio, o velho, abrangia todo o conhecimento humano daquela época, bem como, conhecimentos sobre rochas, mineração e fósseis. Plínio morreu em 79 d.C., quando observava a erupção do vulcão Vesúvio.
 
Em princípios da idade média por volta do ano de 1020, o médico árabe, Avicena, escreveu um texto sobre erosões, errando ao acreditar que a natureza tentava reproduzir seres vivos, à partir de seres não vivos; Avicena concluiu que: os fósseis eram tentativas mal sucedidas da natureza de formar plantas e animais.
 
Na renascença, Agricola publicou obras sobre minerais, fósseis, mineração e metalurgia; em 1546, escreveu a obra: "sobre a natureza dos fósseis", e em 1550, escreveu: "sobre a natureza dos metais. Sabe-se que o astrônomo polonês Copérnico, acreditava que a terra era um planeta em movimento, que ela fazia uma rotação sobre seu eixo a cada 24 horas, e que girava em torno do sol, gastando um ano, para completar uma volta completa. No século 17, Galileu descobriu que a gravidade, puxava os corpos para a terra, com a mesma aceleração independentemente de seu peso. No século 19, Gottlobe Werner, mineralogista alemão, acreditava que um oceano cobriu antigamente a terra toda, lentamente substâncias químicas, iam-se depositando no fundo da água, onde formavam o granito e outras rochas, acreditava que as rochas se formavam em camadas, uma vez constituída, a terra não sofreria depois qualquer alteração. (eram conhecidos como netunistas, da divindade netuno, dos romanos).
 
James Hutton, e seus seguidores, acreditavam que a lava quente dos vulcões, formava uma rocha quando se esfriava. (eram os plutonistas, de plutão, divindade grega do mundo subterrâneo). Em seu livro, teoria da terra, de 1785, afirmou que a terra sofria uma transformação gradual, e que continuaria a transformar-se.
 
Nicolas Desmarest em 1765, demonstrou que as rochas de Auvergne eram vulcânicas. O escocês James Hall, verificou que o calcário fundido, após o resfriamento, formava o mármore, e que a rochas vulcânicas, formavam granitos; defendia a ideia de que a terra transformava-se gradualmente.
 
O inglês William Smith, usou fósseis para calcular a idade dos estratos de rocha. Enquanto fazia trabalhos topográficos, verificou que as mesmas espécies de fósseis, eram encontradas nos mesmos estratos, mesmo em localidades diferentes. Em 1815, publicou os primeiros mapas geológicos, que mostravam os estratos da Inglaterra. O barão Georges Cuvier, naturalista francês, e Alexandre Brongniart, geólogo Francês, verificaram que cada camada de rocha, continha certos grupos de fósseis; também descreveram a geologia de Paris. Em 1830, Lyel, geólogo escocês, publica sua obra "princípios de geologia", apoiando o princípio do uniformitarismo de Hutton. Louis Agassiz, naturalista suíço, estudou as geleiras européias, nas décadas de 1830 à 1840; acreditava que um grande lençol de gelo se estendeu outrora, do pólo norte à Europa central; ele explicou que os campos de gelo, alteram a superfície da terra, e se movem lentamente.
 
Em 1846, Robert Mallet, um engenheiro irlandês, iniciou os estudos dos terremotos; também descobriu como medir a velocidade das vibrações que produzia na terra, mediante a explosão de cargas de pólvora.
 
Ernest Rutherford, físico inglês, sugeriu no ano de 1905, que a meia vida dos minerais radioativos, podia ser usada para calcular a idade dos próprios minerais. No ano de 1915, o geólogo escocês Arthur Holmes, publicou a obra: "radioatividade e a medição do tempo geológico", na obra, Arthur, procura determinar a idade das rochas, pelo processo da radiação.
 
As raízes da geologia moderna, se encontram em Nicolaus Steno, padre dinamarquês que em 1669, publicou um tratado sobre fósseis. Steno sustentava que os fósseis encontrados em rochas sedimentares, eram resíduos de animais que morreram no dilúvio; da mesma opinião, foram: Thomas Burnet em seu: "a sacra theory of the earth", de 1681; John Woodward, em seu "an essay toward a natural theory of the theory", de 1695, e William Whiston, em "a new theory of the theory" de 1696.
 
Em 1700, Buffon, naturalista francês, elaborou o conceito de evolução, pela variação de espécies, e publicou-o em seu "natural history".
 
A obra "Principals of geology", de 1830, é considerada a obra fundadora da geologia moderna. Cuvier, principal adversário de Lyel, sugeriu que a terra tinha enfrentado vários dilúvios, e por isso foram chamados de catastróficos; e Lyel, argumentou que a maior parte das rochas foram se formando ao longo de milhares de anos, seus seguidores foram chamados de: uniformitaristas.
 
Em 1843, Robert Chambers, publicou seu: "vestigies of the natural history of creation", na obra, tenta conciliar a bíblia, com a geologia uniformitarista, e o seu mecanismo foi chamado de: evolução temporada pelo milagre.
 
Hugh Miller, em "the testimony of the rocks" de 1857, sugeriu que o dilúvio foi um evento local, ocorrido somente naquela região. Posteriormente ao longo dos anos, descobriu-se que sua teoria estava logicamente, errada.

"No meio do caminho havia uma pedra" (Drummond).